O assunto veio para a praça pública na semana passada, 10 de janeiro, através da imprensa, ao revelar que Edgar Pinho, Luís Suarez de Oliveira, Dennis Moreira, João Monte, Manuel Miranda e Daniel Beleza, diretores que pediram a demissão dos cargos da Direção do Varzim SC a 4 de janeiro, realizaram a 29 de dezembro uma escritura, onde declararam que o Varzim Sport Club lhes deve mais de um milhão e duzentos mil euros (total 1.212.095,01).
Uma semana depois, o ex-presidente veio explicar que sobre a escritura realizada “nunca algum destes diretores o exigirá [dinheiro] a seis meses”. E acrescentou ao MAIS/Semanário que “entre escolher seis meses ou dois anos ou três, a questão que se colocava era a mesma, a única diferença é que uma iríamos suportar o custo: o custo de um documento a seis meses custa um terço do valor do documento a 2 anos, e entre gastar 8 mil euros ou gastar 2.200 euros, que foram pagos por nós, optamos por fazer a seis meses”.
E continuou: “Estes diretores estão absolutamente disponíveis, à frente, daqui a um ano ou dois, quando uma direção entenda, ou que algum eventualmente, porque isto será individualmente, mas nunca algum destes diretores o exigirá a seis meses, nem a um ano, eu atrevo-me a dizer, e aquele que tem verdadeiramente impacto e mais força em termos de valor é o meu, e nem daqui a dois [anos] o exigirei a liquidação ao Varzim”.
Para Edgar Pinho, “neste momento, o que importa é que o Varzim ganhe no próximo domingo. Esta questão, queremos esclarecê-la agora porque surgiu na quinta ou sexta-feira, num momento em que a equipa estava a viver quase duas semanas num burburinho constante à volta. Agora, depois de uma vitória, estamos focados no próximo jogo. É importante devolver tranquilidade, é importante unir os varzinistas à volta do clube, esta é a nossa obrigação. E dizer-lhes aos sócios, sobretudo àqueles que acreditam em nós, que não tenham dúvidas, que esta direção é feita por gente que tem princípios, é séria, e não vai de forma alguma desfazer aquilo que sempre prometeu, e do qual não se desviará: estar no Varzim em espírito de direção”.
Questionado se irá estar presente na Assembleia Geral do clube marcada para dia 26 de janeiro, o presidente demissionário confessou que “neste momento reservo para mim a decisão. Não tenho razão nenhuma para não estar presente e se calhar tenho mais razões para estar presente do que não estar, mas na altura tomarei a decisão”. Estas são algumas das ideias transmitidas por Edgar Pinho, numa entrevista a publicar na edição do MAIS/Semanário desta quarta-feira, 17 de janeiro.