A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai iniciar, ainda este ano, um projeto que visa diminuir a população de gaivotas. O concurso para executar o Plano de Ação para o Controlo da População de Gaivotas na costa da AMP será lançado nos próximos meses, até porque o tempo de nidificação das gaivotas é em junho.
A informação foi avançada por Ariana Pinho, primeira secretária da Comissão Executiva Metropolitana do Porto, na Assembleia Municipal do Porto que decorreu na segunda-feira. Lembre-se que o projeto já tinha sido iniciado em 2020, mas por força da covid-19 e devido à saída de alguns técnicos “houve um atraso”.
Em causa estão os municípios da Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia, Porto e Matosinhos, que participaram no trabalho desenvolvido em 2021 e 2022 pelo consórcio Floradata e a Wedotech, com coordenação geral de Paulo Alves.
O programa prevê a remoção de ninhos, e/ou remoção e/ou inviabilização de ovos de gaivota. O plano de ação defende ainda a preparação ou revisão de manuais de boas práticas para os principais locais de alimentação das gaivotas, uma correta gestão de resíduos orgânicos e de não alimentação dos animais, através da sensibilização da população.
Questionado sobre o projeto no final da reunião do executivo municipal realizada na terça-feira (6 de fevereiro), o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim explicou que será brevemente “implementada a primeira fase deste projeto, com a identificação dos sítios da nidificação das gaivotas e eliminação dos ovos, por forma a reduzirmos a população das gaivotas. Isto inclui quase todos os municípios da AMP e é um projeto pioneiro – vamos ver qual é o resultado que ele irá produzir”.
Já vários ninhos foram identificados na Póvoa de Varzim, “quer por drone, quer por localização direta”. “Agora, a partir daqui, com um mapa da localização, será feita a intervenção”, disse Aires Pereira.