Comissão apresenta plano para salvar Varzim de dividas que ascendem a 5 milhões de euros

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Os 264 associados do Varzim que compareceram à assembleia geral de sexta-feira à noite e que se prolongou pelo início da madrugada de sábado no Auditório Municipal, ficaram a conhecer que o clube deve 5 milhões de euros. O valor, ainda não totalmente apurado, foi revelado pela Comissão Administrativa (CA) liderada por Rodrigo Moça. Os valores estão repartidos por salários em atraso ao plantel, funcionários do clube, dezenas de fornecedores e ao Estado.

Nas três horas de reunião, os sócios ratificaram a solução apresentada pela CA, com a entrada de um PER (Processo Especial de Revitalização) para o clube e a SDUQ, processos que poderá permitir aos atuais dirigentes planear o futuro alvinegro, como receber algumas receitas nos próximos meses. O poveiro José Rui Giesteira, especialista nesta área de recuperação de empresas e coletividades, esclareceu os sócios do Varzim, o caminho processual do clube e o diálogo que deve ter com os credores.

Durante a sessão foi explicado em pormenor a entrega dos dois processos de PER, sendo que o processo do clube já foi aceite pelo juiz, havendo a expetativa que o mesmo suceda nos próximos dias com o processo relativo à SDUQ.

A assembleia chegou a viver alguns minutos de agitação, quando o ex.vice-presidente Miguel Suarez explicou a confissão de divida que o clube fez para com os antigos dirigentes. Na altura, vários associados insurgiram-se pela presença na reunião do antigo braço direito do anterior presidente Edgar Pinho. Na sua intervenção, o antigo diretor financeiro afirmou que não vai querer receber “os 35 mil euros que emprestou ao Varzim”.

No último ponto da reunião, os sócios aprovaram por unanimidade a continuidade da Comissão Administrativa (Rodrigo Moça, André Tavares Moreira, Pedro Costa, Pedro Coelho e Tiago Ferreira), até ficar resolvida a negociação do PER para o clube e sduq.