A Comissão Administrativa (CA) do Varzim SC, que está a gerir os destinos do clube poveiro devido à demissão da Direção liderada por Edgar Pinho, avançou que o Sindicato dos Jogadores não tentou “estabelecer qualquer tipo de contacto” com a CA. Lembre-se que, no dia de quarta-feira, o Sindicato anunciou que foi acionado o fundo de garantia salarial para apoiar os jogadores alvinegros, devido a salários em atraso.
“O diálogo do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) tem sido mais feito com a comunicação social do que com a atual equipa que gere os destinos da sociedade desportiva”, indica a nota, afirmando que “em momento algum o SJPF ou o seu presidente tentou estabelecer qualquer tipo de contacto com a Comissão Administrativa, sendo também estranho que se sinta a necessidade de fazer uma conferência de imprensa para anunciar as medidas tomadas, fragilizando ainda mais a situação dos atletas e do clube”.
Segundo a CA, “mantemos, como sempre, o nosso incondicional apoio aos atletas e equipa técnica pela forma como se têm vindo a comportar e dedicar até ao momento”, no entanto defende que não é correto afirmar que existem três meses de salários em atraso: “parte do salário do relativo ao mês de dezembro foi já regularizado e o mês de março não ter ainda vencido”. Diz ainda que têm sido “liquidados salários (ou parte dele) a atletas que se manifestaram com dificuldades na gestão do seu dia-a-dia”.
A Comissão atenta que, para além dos jogadores – “os artistas maiores” –, existe “um grupo de trabalhadores igualmente frágil que garante que esses artistas tenham um clube onde possam por à prova toda a sua arte”, que não deve ser esquecido, pelo que a eles agradece.
“Tal como foi transmitido na Assembleia Geral, o clube foi entregue com saldo negativo nas contas, cheques sem cobertura, penhoras, incumprimentos à Autoridade Tributária e Segurança Social, com o crédito da venda do atleta José Carlos Natário Ferreira cedido a terceiros, entre outros. Piorando ainda mais a situação, o clube não só foi entregue sem receitas, como parte das receitas que estavam previstas para os próximos meses foram antecipadas. Não obstante isso, foi delineado um plano para que, a curto prazo, o Varzim volte a ser capaz de honrar os seus compromissos laborais”, lembra a CA.
E termina: “como se compreende, o cenário é extremamente difícil, mas a CA não desistirá, não se resignará, nem baixará os braços para resolver os problemas do Varzim”.
Acionado fundo de garantia salarial para apoiar jogadores do Varzim