“Época balnear não se pode restringir apenas ao verão”

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O presidente da Federação Portuguesa da Nadadores-Salvadores (FEPONS) defende que a época balnear “não se pode restringir somente ao verão”. Considera também essencial um aumento da educação para a segurança aquática.

Lembre-se que, só neste fim de semana, a Autoridade Marítima Nacional realizou 249 salvamentos nas praias portuguesas.

Em declarações à agência Lusa, Alexandre Tadeia afirmou que “a primeira medida que se deve tomar é que a época balnear não se pode restringir apenas ao verão, tem de ser muito mais dinâmica tal como é a época de incêndios. Tem de ser todo o ano, porque nós temos a utilização das praias durante todo o ano”.

Para o presidente da FEPONS, é também necessário “responsabilizar as autarquias pela assistência a banhistas, porque neste momento continuam a empurrar para os concessionários [de praia] uma responsabilidade que já é sua desde 2018”, bem como aumentar a “educação para a segurança aquáticas nas escolas portuguesas”.

Também Bruno Ferreira, ex-nadador-salvador que, no domingo, ajudou a salvar quatro pessoas do mar em Aguçadoura, destacou ao MAIS/Semanário a importância da vigilância das praias, sendo que ao longo da costa de Vila do Conde já existe vigilância. Disse ainda que se torna imperativo começar a época balnear mais cedo e sensibilizar as pessoas para os perigos do mar, nesta altura do ano.

O antigo nadador-salvador deixou ainda um alerta que “apesar do calor que se faz sentir, o mar é ainda um mar de inverno, tornando-se perigoso”.

A época balnear de cada ano é definida em portaria, publicada em Diário da República, que identifica as águas balneares e a definição da respetiva época, considerando-se até lá que, a nível nacional, decorre de 1 de maio até 30 de outubro.