Deputada poveira acusa ex-Governo do PS de ver o mar da Póvoa como “laranja”

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Foto: ARTV

A deputada Carla Barros, natural da Póvoa de Varzim e eleita pelo PSD, acusou no final da passada semana o anterior Governo, de maioria do PS, de ignorar e não investir no setor das pescas, afirmando que “não soube fazer e quando fazia pequenas intervenções, olhava sempre à cor do município e não ao verdadeiro azul do mar”, nomeadamente na Póvoa de Varzim.

Na audição da Comissão da Agricultura e Pescas ao ministro da Agricultura e Pescas, a deputada sublinhou a importância do setor para o país, ao alertar para a “urgência de investimento nos portos de pesca”, “coisa que o PS não soube fazer”.

Disse Carla Barros que “o azul do mar é de Norte a Sul do país”, mas que o PS, “quando fazia pequenas intervenções, olhava sempre à cor do município e não ao verdadeiro azul do mar”. Apontou também, a título de exemplo, que “o governo do PS, quando olhava para o mar da Póvoa de Varzim, não o conseguia ver azul, via-o laranja. E o PS assustava-se com o mar laranja da Póvoa de Varzim”, referindo-se ao executivo de maioria PSD da Póvoa de Varzim.

Isto fez, opina a deputada, “com que muitos portos ao longo do país fossem perdendo investimento, porque o PS não teve a sabedoria de analisar o dinamismo económico do porto”. Dirigindo-se ao ministro José Manuel Fernandes, Carla Barros apelou, em nome do grupo parlamentar do PSD, ao “investimento, não só no desassoreamento dos portos, mas também em obras profundas de intervenção mais duradouras”.

Em resposta, o ministro afirmou que estão previstos, “para 2024-27 relativamente às candidaturas do Mar 2030”, investimentos de 15,459 milhões de euros “em portos como Póvoa de Varzim, Aveiro, Figueira da Foz, Nazaré, Peniche, Cascais, Sesimbra, Setúbal, Sines, Sagres, Lagos, Portimão, Olhão, Tavira, Vila Real de Santo António”.

“Para além disso, há investimentos que são absolutamente importantes, nomeadamente para as dragagens, que a DGRM também tem em curso, e onde no Norte estão previstos 7 milhões e 423 mil, no Centro 4 milhões e no Algarve 7,6 milhões de euros, num total de 19 milhões de euros”, terminou.