A Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT) mandou parar as obras nos passadiços da Reserva Ornitológica de Mindelo (ROM).
Em causa está a denuncia feita pela associação ambientalista Pé Ante Pé, que garante que com essa intervenção vai ser ameaçada a fauna e a flora da Reserva Ornitológica de Mindelo (ROM) e a duna secundária vai ficar destruída. Recorde-se que estas questões já foram levantadas pela APA, em fevereiro deste ano.
Esta informação foi avançada pelo Jornal de Notícias que dá conta também de que esta situação já se arrasta desde 2018, ainda estava nos comandos da autarquia de Vila do Conde, Elisa Ferraz, que tinha como solução o recuo dos passadiços, decisão que nunca chegou a avançar e que a APA também contestou.
Depois no ano de 2022, o mar acabou por destruir a duna, em Mindelo, Vítor Costa, atual presidente da Câmara de Vila do Conde, decide avançar com o concurso para a empreitada, que foi adjudicada a 26 de janeiro de 2024, com um orçamento de 588 mil euros, segundo o Jornal de Notícias. O autarca tinha então pensado em recuar o passadiço entre Árvore e Mindelo e fazer a reparação das tábuas.
Foi já nessa altura, que a Associação Pé Ante Pé tentou convencer a autarquia, da perda “irreparável” que era destruir a “única duna secundária existente no concelho”, para fazer no mesmo local os passadiços. As denuncias continuaram, no entanto, a câmara garante que a obra tem todos os pareceres a favor.
A IGAMAOT manda agora, parar a obra, que já está a ser executada desde abril, ao que Vítor Costa reagiu dizendo que é uma “questão exclusivamente burocrática” e que irá ficar resolvida, adiantou o Jornal de Notícias.