A União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai aprovou, a 16 de dezembro, através do voto favorável da maioria PSD, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2025, no valor de 915 mil euros. Toda a oposição (PS, CDU, BE e IL), com a exceção do Chega que se absteve, votou contra o documento, o último antes da desunião das três freguesias, que a depois do próximo verão terão novamente gestão autónoma.
Ricardo Silva, presidente da União de Freguesias atribuiu esta intenção de voto ao “ano de eleições”, porque “as pessoas querem criar esta maior clivagem. Não é sempre assim todos os anos, como se tem visto”. Segundo Ricardo Silva, “verificou-se até que alguns deputados de outros partidos disseram que se reviam nalguns serviços e nalgumas atividades que nós tínhamos elencadas no nosso Plano de Atividades e Orçamento. Portanto, eu também fiz questão de dizer que não percebia como é que eles se reveem nas atividades e depois votam contra. Mas isto é uma questão que se tem de perguntar a eles”, disse.
Para a oposição, o Plano e Orçamento não reflete os anseios da população, com vários membros da Assembleia de Freguesia a considerarem que o documento “tem muitas promessas eleitoralistas”. Foi apontado ao líder do executivo da Junta, que “não se deixe ninguém ficar para trás no combate à pobreza”.
Questionado sobre a real aplicação do Orçamento, uma vez que tudo indica que, no final do próximo ano, será revertida a União de Freguesias e voltará a existir uma Junta para cada uma das três freguesias (Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai), Ricardo Silva referiu que “o que acontece agora é que temos este Orçamento aprovado, são as intenções de investimento para que a Junta continue a poder trabalhar em toda a capacidade, porque não podemos deixar de prestar o serviço que prestamos à população”.
“A intenção é aplicá-lo na sua totalidade, mas vamos ver o que vai acontecer. A desagregação vai a votação no dia 15 de janeiro, na Assembleia da República, e os projetos de lei de criação das três freguesias terão de ser votados. Temos de esperar qual vai ser a decisão da Assembleia de República. Vão ser constituídas comissões, depois, de acompanhamento para preparar o processo eleitoral. Mas penso que o executivo da Junta de Freguesia continuará a funcionar de igual forma, e temos de fazer o trabalho porque se esta Junta, com a quantidade de serviços que presta, não existisse, notava-se”, afirmou. Notícia completa na edição papel de 18 de dezembro. Na foto, o executivo da Junta de Freguesia.