BE diz que há alunos na Póvoa de Varzim que ainda não tiveram AEC este ano

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Foto: Freepik

O Bloco de Esquerda (BE) avançou, nesta terça-feira, que há crianças da Póvoa de Varzim “que não tiveram ainda qualquer AEC” (Atividade de Enriquecimento Curricular) neste ano letivo de 2024-25. A afirmação é feita numa nota de imprensa enviada às redações pela concelhia do partido, que enviou à Câmara Municipal um pedido de informações relativo às “problemáticas no acesso a AEC”.

“Têm chegado ao BE relatos de atrasos na colocação de professores para ministrar estas aulas, e não só demasiadas crianças ficaram sem acesso a AEC por ausência de profissionais contratados a tempo, como se nota uma incapacidade na fixação destes profissionais — ilustrada pelas várias desistências de professores colocados desde o início do ano letivo”, aponta o Bloco, que justifica esta situação com a “acentuada instabilidade profissional e desvalorização profissional”.

Para o partido, “a remuneração dos profissionais é inconcebível, por não corresponder a uma valorização digna do trabalho contratado, e por não responder à realidade de profissionais que na maioria dos casos faz a sua vida entre escolas, com elevadas despesas em deslocações e gastos colossais de tempo útil com estas”.

E acrescenta: “às problemáticas que barram o acesso das crianças às AEC, somam-se as questões que se prendem com as substituições de atividades e ineficácia na gestão destas a nível horário”. Como exemplo, diz que nas escolas de Cadilhe, Machuqueiras e Granja, as aulas de inglês foram substituídas por aulas de yoga ou dança, “ministradas no período que se segue à hora de almoço”.

Segundo o BE, há “crianças da Póvoa de Varzim que não tiveram ainda qualquer AEC, e outras tantas que se viram constrangidas a uma oferta insuficiente ou com um planeamento ineficaz”.

Por isso, “considera urgente a revisão do modelo de AEC, Componentes de Apoio à Família e Atividades de Animação de Apoio à Família, de modo a valorizar as atividades lúdicas, combatendo a sua excessiva ‘curricularização’ e a precariedade dos vínculos dos profissionais e aumento das verbas remuneratórias aos profissionais das AEC”.