O Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim, em comunicado enviado à redação, denuncia a “a qualidade das refeições nas cantinas escolares” do concelho e diz ainda que “a política de concessão dos refeitórios escolares à iniciativa privada tem-se revelado desastrosa”.
“Não só a qualidade da alimentação fornecida aos estudantes baixou de forma dramática, como o controlo sobre a quantidade e a qualidade dos alimentos se revelou muito difícil”, pode ler-se na nota.
O BE da Póvoa de Varzim afirma que, “ainda que o vereador da Educação alegue que «não há queixa alguma das direções das escolas» e que «as refeições escolares são monitorizadas todas as semanas», acumulam-se denúncias sobre a decrescente qualidade das refeições nas escolas poveiras”, escreve.
O partido da esquerda acredita que há “melhorias no caderno de encargos – como por exemplo consagrar que 50% do total dos produtos hortícolas frescos corresponderão a produtos locais”, no entanto, o dito caderno “não contém as cláusulas previstas no artigo 42 do código dos contratos públicos sobre a inclusão da valorização do contrato coletivo e o combate à precariedade”, afirma.
Outro tema abordado, ainda relacionado com as cantinas, é “a internalização das cantinas escolares”, o que, defende o partido, “permitiria garantir melhores condições de trabalho, salários justos e estabilidade para os profissionais do setor e uma utilização dos circuitos de produção e distribuição locais, fortalecendo a economia local”.
O comunicado termina da seguinte forma: “Em conformidade com a defesa de uma Póvoa que promove a saúde e bem-estar, o Bloco de Esquerda dá voz às poveiras e poveiros descontentes com a qualidade das refeições servidas nas cantinas escolares, e denuncia os comentários falsos do professor Luís Diamantino sobre a ausência de reclamações, bem como da situação de precariedade das e dos trabalhadores das cantinas”.
Lembre-se que, na reunião da Assembleia Municipal a 27 de fevereiro, o Bloco de Esquerda havia criticado a qualidade das refeições nas escolas do concelho da Póvoa. Ao que Luís Diamantino, vereador da Educação respondeu que “não há queixa alguma das direções das escolas” e ainda que “é uma questão ideológica. Tem a ver com os sindicatos, com os funcionários que são contratados pelas empresas, e eles falaram essencialmente disso”.