A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim volta a usufruir do direito de reversão sobre os terrenos onde está instalado o complexo desportivo do Clube Desportivo da Póvoa, caso os dirigentes da coletividade pretendam algum dia alienar a área para qualquer outra finalidade, que não seja a vertente desportiva. A inscrição desta alínea volta a estar na Certidão Permanente do Clube, à qual o MAIS/Semanário teve acesso.
Recorde-se, que em 2021, na Direção do CD Póvoa presidida por Caldeira Figueiredo, foi anunciada a existência de uma proposta para a alienação dos terrenos para fins imobiliários. Essa Direção, chegou mesmo a estabelecer um contrato promessa com a empresa angola PEC, facto que não foi consumado, dado que nessa época também o Município da Póvoa de Varzim colocou na agenda pública a discussão do Plano de Pormenor da Zona Norte, nomeadamente sobre a área que envolve o Estádio e Campo de treinos do Varzim, Complexo de desporto do CDP e também do local onde está a ser construído o Póvoa Arena, área geográfica denominada por E54.
O Plano de Pormenor viria a ser aprovado pelo atual executivo e ratificado em Assembleia Municipal, o que impediu o negócio entre o CDP e a empresa angolana de avançar
Nessa altura, a empresa angola PEC – Projetos, Consultoria e Investimento, com sede em Angola, com o apoio dos anteriores dirigentes do clube poveiro, moveram uma ação contra a Câmara Municipal, e prosseguiram com um pedido de indemnização de 13 milhões de euros, pelo facto que não ter sido possível concretizar o negócio, dado que a zona passou a ser apenas para edificação de equipamentos desportivos.
Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição digital (PDF).