Junto ao mar “todo o cuidado é pouco”

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Estamos em pleno Verão e as multidões que todos os dias vão às praias da Póvoa de Varzim e Vila do Conde não passam despercebidas. Com o calor, a vontade de entrar na água fresquinha do mar é muita, mas todo cuidado é pouco. Para falar sobre o importantíssimo tema da segurança balnear, o MAIS/Semanário entrevistou o nadador-salvador coordenador Alexandre Galiza.

Há quanto tempo está ligado a esta área? Esta é a décima época balnear que estou conectado ao salvamento balnear. Tenho me dedicado sobretudo no verão, mas também nos últimos 3 anos fora da época balnear, à prevenção de acidentes na praia, salvamentos quando têm de acontecer e, sobretudo, à formação e sensibilização junto dos mais novos, mas também dos mais velhos, que é o mais importante para garantirmos que as próximas gerações aprendem e que se evitam alguns acidentes na praia.

Como é um dia típico de um nadador-salvador? O dia típico é termos sol e vento. O atípico é tudo o resto. Mas o trabalho do nadador-salvador não é só água. Felizmente, a parte da água é uma quota-parte muito pequena face a tudo o resto que se passa.

Nós damos conta de todas as situações que ocorrem na praia, desde situações de distúrbios, de colocação de para-ventos em sítios que não deve ser, primeiros-socorros e, nos anos mais recentes, por exemplo, acidentes que acontecem nas ciclovias, nos passadiços, nos passeios, indisposições, acidentes de viação. (…)

Todas as situações que acontecem na praia acabam por passar por nós. Obviamente, a prevenção é a nossa primeira prioridade, e tudo o que se passa no mar, mas temos um trabalho muito vasto e em diferentes áreas, até porque o nadador-salvador é a primeira linha de intervenção que existe na praia.

Este texto faz parte de um artigo publicado na edição de 30 de julho no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).