Ministério Público acusa três dirigentes de clube de Vila do Conde de ficarem com 500 mil euros

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O Ministério Público acusou três antigos dirigentes de um clube de Vila do Conde de crime de peculato, considerando que, entre 2016 e 2020, se apropriaram indevidamente de 510.927 euros enquanto exerciam cargos de direção numa associação de utilidade pública dedicada à promoção de atividades ao ar livre.

De acordo com o comunicado do DIAP do Porto, publicado no site da Procuradoria-Geral Regional, os arguidos terão recorrido a diferentes formas de desvio de verbas, incluindo: contabilização indevida de despesas de refeições e deslocações para si e familiares, prática repetida ao longo de vários anos; empréstimos em dinheiro junto de particulares sem aprovação da Assembleia Geral, apropriando-se das quantias recebidas e aquisição de equipamentos informáticos e materiais de construção para uso pessoal, pagos com fundos da associação.

Os acusados, de acordo com o JN, são três ex-dirigentes do Clube Nacional de Montanhismo (CNM), instituição de utilidade pública, dona do parque de Campismo de Árvore. Um dos dirigentes enfrenta ainda uma acusação adicional, por se ter apropriado de 3 mil euros, alegando tratar-se de um empréstimo pessoal ao clube que nunca se concretizou.

Segundo o Ministério Público, os comportamentos descritos causaram um prejuízo significativo ao funcionamento e missão da instituição, que tem como objetivo promover atividades ao ar livre no concelho de Vila do Conde. O MP requereu ao tribunal a perda a favor do Estado das verbas ilicitamente apropriadas e a condenação dos três dirigentes no respetivo pagamento, caso venham a ser considerados culpados.