O vice-presidente do CDP, Rui Jorge Santos, diz que ouviu adeptos, árbitros, juízes e seguranças e que ninguém confirma a versão de Núria.
“Fiquei surpreendido e chocado com a notícia e com o post que li”, começou por dizer. “Fiquei supreendido porque eu estive no pavilhão, assisti ao jogo e não me apercebi de nada de anormal a não ser um momento ou outro de maior exaltação, normal em qualquer jogo. E ontem nem foi o caso porque o resultado era muito desnivelado. De todo o modo, no final do jogo estive com os árbitros, com os juízes de mesa, com os próprios seguranças, e ninguém referiu qualquer situação. Depois da publicação do post também tentei indagar junto de adeptos que lá estiveram e todos negaram”.
O dirigente considera o CDP “uma escola de valores que pretende formar, além de atletas de eleição, seres humanos de excelência. E portanto, nós repudiamos todo e qualquer racismo. De resto, ao longo da nossa história e mesmo nas equipas atuais – formação e seniores – orgulhamo-nos de ter atletas de cor. Sempre tivemos, o ano passado tínhamos nas seniores femininas uma americana – uma verdadeira referência para as meninas – que era uma atleta de cor. Gostaria de repudiar terminantemente o post, no qual não me revejo. Estou há 15 anos na direção, somos um clube que sabe receber, respeitamos toda a gente. É evidente que poderá haver, num ou outro momento, um ato isolado, como há em todos pavilhões, também não somos santos. Mas somos reconhecidos por saber receber. Já fomos por várias vezes o clube do ano da Associação de Basquetebol do Porto”.
A finalizar, uma garantia: “Nós vamos apurar responsabilidades e levar este caso até às últimas consequências para que a culpa não morra solteira e para que as pessoas não possam escrever o que querem”.