Deputada poveira na Assembleia à conversa com alunos da Rocha

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Ao início da tarde de segunda-feira, os alunos dos cursos profissionais da Escola Secundária de Rocha Peixoto tiveram uma ‘aula’ diferente, ministrada por Carla Barros. A deputada poveira na Assembleia da República explicou aos jovens o modelo de funcionamento daquele órgão legislativo e fez-lhes ver que os políticos são, na sua esmagadora maioria, pessoas sérias

Para complementar a visita de estudo de passada-quinta feira à Assembleia da República, os alunos do 12º ano dos cursos profissionais de contabilidade e de informática de gestão da escola Rocha Peixoto tiveram oportunidade de ouvir a deputada Carla Barros, que durante cerca de 50 minutos esteve com eles a falar sobre a política e o parlamento.

Carla Barros, natural de Amorim e ex-aluna daquela escola, explicou a este jornal que esteve a “conversar com os alunos, futuro eleitores e possivelmente políticos, sobre o funcionamento da AR, tirar-lhes algumas dúvidas acerca do funcionamento da vida política, e deixar bem assente que ela existe para servir os cidadãos e não o contrário”.

Sobre o envolvimento das camadas mais novas da população na política, a deputada poveira considera que ele existe mas que é preciso derrubar ideias feitas: “Eu vejo os jovens motivados para a participação”, vincou. “O que acontece é que há determinados estereótipos em torno dela e é por isso necessário esclarecer. O meu objetivo é precisamente aproximá-los da política e falar-lhes, por exemplo, sobre este novo formato de política nacional em que o partido mais votado não é o que governa”.

Márcia Soares, professora responsável pela iniciativa, fez saber que aquela sessão vem na sequência da “visita de estudo que fazemos todos os anos à AR, no âmbito da disciplina de economia do curso profissional. A dra. Carla, como nesse dia não estava disponível para nos receber pessoalmente, disponibilizou-se amavelmente para se deslocar à nossa escola, por forma a entrar em contacto com os jovens e esclarecer todas as dúvidas que eles possam ter relativamente ao trabalho dos políticos. Além disso, no dia 16 de janeiro fomos em visita de estudo à AR, tendo sido recebidos pelo dr. Jorge Machado [deputado poveiro pelo PCP], a quem agradecemos a gentileza”.

Luís Diamantino, vice-presidente e vereador com o pelouro da Educação, questionado sobre o facto de conhecer bem estes dois mundos, o da política e o do ensino, prontamente alertou: “Eu não sou político, eu estou na política. Eu sou professor. A política não é profissão, é uma função que desempenhamos por um período finito”. Não devendo ser olhada como carreira, portanto, “a política é um ato nobre” e “é essa a mensagem que se deve passar”, expôs. “Nós [PSD] na Câmara temos dois vereadores muito jovens, abaixo dos 30 anos. A experiência é muito importante mas a juventude também, é com esta mescla que se consegue construir uma sociedade mais saudável”.