Acordo com angolanos “pode ser rasgado” disse dirigente do Desportivo

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Mais de 60 associados do Clube Desportivo da Póvoa ficaram a saber que o contrato-promessa que a direção do clube assinou com uma empresa angolana, no valor de 13 milhões de euros para transferir os equipamentos desportivos para o Parque da Cidade deixando livre o atual espaço para a construção de edifícios, “pode ser rasgado quando quiser e sem qualquer penalização para o Desportivo” disse Abílio Morim, presidente da Assembleia Geral do CDP.

A informação foi confessada durante a assembleia geral que decorreu na noite de quarta-feira e que teve a duração de 3 horas, quando na altura vários associados questionaram a existência do contrato e também em que pressupostos foram feitos.

Sobre a situação do contrato, Caldeira Figueiredo, presidente do CDP, disse que “fizemos uma súmula escrita no relatório e contas das cláusulas mais preocupantes e por questões de ética comercial não pode andar de mão em mão pela rua”.

O líder do CDP pretende dialogar com Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa, porque entende que o clube esteve a trabalhar “para o boneco” num processo de acordo com o atual Plano de Pormenor, salientando “que quando estávamos a chegar à meta, mudaram a meta para o local oposto, numa analogia desportiva”, fazendo alusão à decisão da suspensão do Plano de Pormenor da Zona E54, decidido pelo executivo da Câmara na passada terça-feira.

Caldeira Figueiredo adiantou, ainda, que “a Câmara deveria apresentar uma solução para o CDP como o fez para o Varzim, não podendo o clube andar à vontade de quem decide”.

Quanto às contas de 2017, com um prejuízo de cerca de 14 mil euros, a maioria dos sócios votou a favor com 8 abstenções.

Noticia desenvolvida na edição impressa de 4 de abril.

Na foto, Abílio Morim, ao centro, ladeado por dirigentes da Assembleia Geral.