A terceira edição do Festival Pap’ Arroz decorre ao jantar deste sábado e ao almoço de domingo, na freguesia poveira de Beiriz, no largo em frente à igreja paroquial. Durante cada um do repasto haverá animação.
Os apreciadores de arroz vão poder optar entre os arrozes de: tamboril, polvo, pato, cabidela, marisco, frango, feijão e carqueja.
Conheça a história da utilização do arroz nos pratos gastronómicos da freguesia de Beiriz:
O mesmo era utilizado na dieta diária dos poveiros residentes na freguesia de Beiriz, na década de 60. As senhoras acumulavam a atividade agrícola com a de tecelãs nas fábricas que na altura laboravam na freguesia e nalguns casos saídas das conservas. Na altura a fábrica de tapetes de “Calves” em Beiriz de baixo, e pouco mais tarde a fábrica de tapetes “Oliveira e Silva” no lugar da “Quintã”.
De referir que a anterior surge por relações de amizade entre as proprietárias de ambas.
No cimo da rua Oliveira e Silva ficava a fábrica “Fernando e António Carlos Oliveira e Silva” junto da casa de família, que fornecia alimentação ás funcionárias da mesma.
Note-se que na altura as dificuldades financeiras das famílias eram grandes e a alimentação era de forma recorrente “base” de arroz que juntavam muitas vezes carne de vaca, frango ou porco.
O termo “morron”; deriva do termo “marron” (francês que significa castanho, proveniente de funcionárias com historial de anterior emigração).
O arroz era servido “caldoso” e com um tom bastante castanho por ser feito num estrugido bastante apurado” que neste caso era confecionado pelas empregadas na casa Oliveira e Silva.