É poveiro e chama-se Luís Sousa um dos quatro espeleólogos portugueses que estão desde sábado retidos na gruta de Cueto-Coventosa, norte de Espanha. As equipas de socorro aguardam pela descida do nível da água para entrarem.
O embaixador de Portugal em Madrid, em contacto com as autoridades de proteção civil, disse hoje que “aparentemente”, todos “estão bem”.
Luís Sousa faz parte do Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo, associação a que também faz parte o vimaranense Carlos Mendes, que também é um dos 4 elementos do grupo.
A gruta de Cueto-Coventosa é uma daquelas travessias que qualquer espeleólogo pretende fazer, sendo também, a que acumula mais resgates em Espanha, tendo já registado uma vítima mortal.
Não está considerada como uma das mais duras, mas é uma travessia quase obrigatória para os espeleólogos. A gruta tem um desnível de 695 metros entre a entrada, pelo Cueto, e a saída, na Coventosa, para o qual contribuem os 302 metros do poço Juhué.
Resgate
As informações vindas de Espanha, confirmam que os quatro especialistas da equipa de espeleologia acederam à gruta no domingo, no município cantábrico de Arredondo, depois das 22 horas (21 horas portuguesas), embora só tivessem conseguido avançar cerca de 50 metros devido ao nível de água.
A operação de resgate está a ser coordenada pelo serviço de emergência do governo da Cantábria, que informou que a água está a baixar no interior da gruta a uma velocidade de 10 centímetros por hora, muito mais lentamente do que se previa inicialmente.
Na entrada da área dos três lagos, a equipa de resgate instalou um ponto de acampamento, aguardando a diminuição do nível da água.
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