Carlos Pereira é presidente da Associação de Pais desde outubro de 2019. Ao MAIS/Semanário, afirma que a associação tem a “função de representação dos pais dos alunos, tendo por objetivo a defesa dos interesses destes últimos”. Com isso em mente, pelo menos até antes de março do ano passado, “existiam reuniões dos representantes dos pais, onde se debatiam temas pertinentes à defesa dos interesses dos alunos”, bem como a promoção de “iniciativas e eventos temáticos, conforme a estação do ano”, esclarece.
Alguns exemplos de atividades promovidas pela associação eram as “feiras, magusto, desfile de Carnaval, idas ao cinema ou teatro e visitas de estudo”.
O mandato como presidente da associação iniciou no ano letivo em que a pandemia se espalhou pelo país e pelo mundo. Carlos relembra que “ficamos privados e isolados”, e o online passou a ser a única forma de contacto entre pais, professores e direção da escola. As atividades habituais foram suspensas, o que “foi penalizador para os alunos”. “Ficamos mais limitados”, lamenta.
Dificuldades na passagem para o ensino online
Essa limitação, em alguns casos, estendia-se ao acesso a um computador ou à internet. Como comenta Carlos Pereira, “as mudanças trazem consequências que careceram de um período inicial de adaptação”. Por isso, o Agrupamento “promoveu o empréstimo a alguns alunos dos equipamentos existentes nas escolas”.
Da parte das escolas, houve ainda uma disponibilização, “como resultado da solidariedade dos pais”, de “verbas para a aquisição de alguns equipamentos”. Esta angariação de fundos permitiu “obter equipamentos suficientes para os demais alunos que não tiveram acesso aos computadores facultados pelas escolas”, aponta o presidente da associação.
Dessa forma, o acesso a equipamentos eletrónicos ficou resolvido. “Quando às questões relacionadas com a dificuldade do acesso à internet, foram as mesmas solucionadas pelo Município da Póvoa de Varzim, referenciando-se os alunos carenciados, dando-se garantia de acesso à internet a todos os alunos do agrupamento”, recorda Carlos.
A retoma das atividades, numa escola renovada
Com o regresso às aulas presenciais, o presidente da Associação de Pais admite que “os primeiros passos têm de ser muito conscientes e responsáveis”. É preciso “reunir os meios necessários para um rápido acesso à normalidade, cumprindo todas as regras do desconfinamento”. Era essencial existir uma retoma das atividades, diz Carlos, porque há “uma consciência da importância e da necessidade efetiva da escola” e “da presença física dos alunos na escola”. Este sentimento é reiterado pelo presidente, que afirma que “as atividades escolares são imprescindíveis para o crescimento enquanto pessoa e enquanto seres sociais, dada a necessidade de nos mantermos em contato físico permanente com os outros.”
Nesta fase, há um incentivo para os alunos, pais, e toda a comunidade escolar da EB 2/3 de Aver-o-Mar: as “condições excecionais” da escola, agora que foi remodelada. Carlos Pereira garante que “para todos, não só para mim, enquanto presidente da Associação, foi uma agradável surpresa”. Isto porque “a nossa escola fisicamente passou a estar ao nível das melhores escolas do país, permitindo aos nossos alunos terem orgulho da escola que fazem parte”.
“O que pretendemos é que a escola volte a ser o que era”
Com a normalidade como luz ao fundo do túnel, Carlos pretende “manter a escola no centro das prioridades” da Associação, bem como “manter as nossas crianças com vontade de ir à escola, fazendo-as ter a constante necessidade de aprender”. Em nome da Associação de Pais, compromete-se ainda a “fazer tudo que está ao nosso alcance para o conseguir”.
O último ano foi repleto de desafios, e o objetivo agora é “que a escola volte a ser o que era”. Até porque “quando nos é retirado aquilo que pensávamos como adquirido, é que temos a noção da verdadeira liberdade que nos foi suprimida”.
Nesse sentido, o presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar deixa uma nota de apreço “a todos os pais que fazem parte do grupo que represento, sem esquecer toda a equipa do agrupamento das escolas de Aver-o-Mar e a todos os demais intervenientes (professores e auxiliares) que permitem às nossas crianças terem acesso a um ensino de qualidade e excelência”. E, por último, agradece “ao Município da Póvoa de Varzim, por todas as condições físicas excecionais que concederam aos nossos alunos ao nível das instalações e apoios noutros níveis sempre que solicitados”.
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