Foi inaugurada nesta quarta-feira a exposição ‘A Mulher na geomorfologia Cultural e a Cultura na geomorfologia da Mulher’, que abre a programação do Festival de Teatro É-Aqui-In-Ócio. Com a presença de Eduardo Faria, diretor da Varazim Teatro, Manuela Ribeiro, diretora do Cine-Teatro Garret, e Alfredo Cunha, autor da exposição, foi apresentada a mostra, que retrata várias meninas e mulheres da Guiné.
“Se a Guiné hoje ainda é um país, é porque a maioria são mulheres. São as mulheres que mantém aquele país de pé”. Quem o diz é o fotojornalista Alfredo Cunha, que visita a Guiné quase todos os anos. Esta exposição, agora inaugurada, é um reflexo do que é ser mulher no país que, segundo o seu testemunho, “tem dois lados: o da felicidade total e o da desgraça total”.
‘A Mulher na geomorfologia Cultural e a Cultura na geomorfologia da Mulher’ está integrada no programa da 11ª edição do É-Aqui-In-Ócio, cujo mote é ‘O Ser Humano e os outros Seres, Humanos’. Para Eduardo Faria, a exposição encaixa-se perfeitamente no tema, que pretende provocar reflexão sobre a Humanidade e a identidade.
Porque “não é igual ser mulher em qualquer ponto do mundo”, o diretor da Varazim pretende que “o feminismo seja lembrado” e por isso o desejo é que o Festival tenha sempre exposições sobre o assunto.
Manuela Ribeiro também refere que “desde o início [do Festival], houve a intenção de alertar” para os problemas da sociedade. “Andamos aqui a lutar pela Cultura e pelo acesso a ela, e percebemos que às vezes é ela que nos trai”, disse a diretora do Garrett, relativamente à cultura misógina de vários países. Mas deixou uma mensagem positiva: “é a Cultura que nos vai salvar desta cultura”.
‘A Mulher na geomorfologia Cultural e a Cultura na geomorfologia da Mulher’ está patente na Sala de Atos do Cine-Teatro Garrett até ao dia 2 de outubro, sábado. Pode ser visitada entre as 10h30 e as 17h30.