O Sindicato dos Jogadores reuniu, na manhã desta quarta-feira (6), com o plantel do Varzim. Na reunião, foi tomada a decisão de ativar o fundo de garantia salarial para as competições não profissionais, anuncia o Sindicato em comunicado.
Lembre-se que os jogadores do Varzim têm três meses de salários em atraso, dada a “situação particularmente difícil” que o clube poveiro vive desde a demissão da antiga Direção.
Ficou também decidido que o Sindicato dos Jogadores irá interpelar as entidades competentes, nomeadamente a Comissão Administrativa em funções e a Federação Portuguesa de Futebol, para tentar resolver o problema.
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato, lamentou a situação alvinegra, afirmando que “o Sindicato tem acompanhado o caso do Varzim e quero realçar que os jogadores têm tido uma postura de cooperação e enorme profissionalismo. Apesar deste compromisso coletivo, a situação chegou ao limite e não há uma resposta concreta do clube”.
“Neste momento, o plantel exige respostas e tomará uma posição de força, caso a situação não seja resolvida. Apesar da melhoria ao nível dos mecanismos de licenciamento e controlo salarial nos últimos anos, é inaceitável que casos como este continuem a suceder”, disse Evangelista.
Do lado dos varzinistas, o porta-voz Ricardo, guarda-redes e capitão do Varzim, rejeitou a hipótese de uma greve, mas alertou: “expusemos os nossos problemas nesta reunião com o Sindicato, transmitimos a nossa situação atual e pedimos ajuda porque atingimos o nosso limite e já existem situações complicadas para resolver”.
E continuou: “o Sindicato vai ajudar-nos a tentar minimizar o problema e veio prestar-nos solidariedade e dizer que está do nosso lado. Os jogadores têm muito poder porque somos os verdadeiros artistas e temos de usar esse poder para reivindicar os nossos direitos. Nunca passou pela nossa cabeça fazer greve ou parar de treinar, porque o nosso profissionalismo nunca será posto em causa, independentemente de não cumprirem connosco”.