Agrupamento de Escolas Frei João implementa casas de banho e balneários sem género

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No agrupamento de Escolas Frei João, de Vila do Conde, existem casas de banho e balneários sem identificação de género, criadas a pensar nos alunos transgénero. No entanto, também podem usar estas casas de banho estudantes com vergonha de usar espaços comuns, com problemas de saúde ou sem condições em casa para fazer a sua higiene.

As medidas de autodeterminação de género, aprovadas no parlamento no mês passado, estão em vigor na escola há algum tempo e “nunca houve problema absolutamente nenhum”, assegurou à Lusa Paula Lobo, a professora que está à frente desta mudança.

Paula Lobo começou a pensar que eram precisas novas regras que fizessem da escola um espaço seguro e acolhedor e a solução veio a revelar-se bastante simples: As placas das casas de banho destinadas a pessoas com deficiência foram retiradas e substituídas por outras – Wc Comum. “Agora é para todos, independentemente do género, se é aluno, professor, não docente ou até se vem de fora. São casas de banho individuais que só podem ser utilizadas por uma pessoa de cada vez. Foi fácil, não levantou quaisquer problemas e, também por isso, não percebo os discursos de ódio e de medo quanto às mudanças aprovadas no parlamento”, acrescentou.

A escola de Vila do Conde, onde estudam 1040 alunos do 5.º ao 9.º ano, já tinha  implementado um projeto denominado ‘Escola às Cores’. Desde então, passaram a existir duas casas de banho e dois balneários individuais sem identificação de género.

Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição digital (PDF).