O presidente da Câmara Municipal voltou a referir, após a reunião da Assembleia Municipal de quarta-feira, que “tenho responsabilidades até outubro” e que defende uma gestão direta do Póvoa Arena pelo município, “mas o próximo executivo irá decidir a forma como entender gerir aquele espaço”.
O plano de Aires Pereira é, nos próximos três meses, “concluir o edifício, afiná-lo, corrigir todas as situações que precisam de correção. O empreiteiro também tem algumas para fazer. E nós vamos tendo uma programação de acordo com este espaço”.
Para já, estão marcados dois concertos: António Zambujo (19 de julho) e o espetáculo de encerramento do Festival Internacional de Música (27 de julho). “No mês de agosto, haverá, com certeza, alguma atividade”, disse o autarca, adiantando que a Câmara tem recebido vários contactos de potenciais interessados em organizar eventos no Arena.
A declaração aos jornalistas, vem no seguimento das críticas de João Martins, da CDU, que levantou críticas à não existência de um programador cultural para o Póvoa Arena. Segundo o deputado, a Câmara da Póvoa tem tido uma “política de entretenimento e não cultura”, com o grande investimento em iniciativas como Os Dias no Parque, as Festas de S. Pedro, a Noite Branca, e até o programa inaugural do Arena. João Martins questionou também o que está previsto a nível de programação para o multiusos.
“Se compararmos com a falta de investimento que acontece no Cine-Teatro Garrett, que nem sequer tem um programador cultural, e agora com o Póvoa Arena, que também não é conhecido um programador cultural, legitima-nos a perguntar o que é que a Câmara tem previsto para o Póvoa Arena”, indicou.
E acrescentou: “não nos foi dado a conhecer, nem a nós nem ao comum do povo, o que ali vai acontecer em termos culturais, que espetáculos estão previstos para o resto do ano, e também em termos comerciais e desportivos”. “A pressa foi inaugurar o edifício. Mas o que fazer com ele, ficam respostas por dar”, terminou.