Aires Pereira apoia Diamantino e critica quem não quer no PSD desagregação de freguesias

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“É inevitável falar das diferenças, e quando dizem que são a favor da descentralização nas freguesias e ao mesmo tempo na última assembleia de freguesia votam contra, isto é, de uma incoerência que não se percebe”, disse Aires Pereira, durante a apresentação da candidatura de Luís Diamantino às eleições no PSD/Póvoa, marcadas para sábado, 12 de março.

Numa alusão a Joaquim Vianez, nº 2 da lista de Afonso Oliveira, recandidato a presidente do PSD/Póvoa, o presidente da Câmara lembrou que o PSD no concelho da Póvoa de Varzim “se comprometeu com as pessoas no sentido da descentralização e não pode e nem deve a importar a minha posição, quando está em causa o interesse de todos, e das populações e aquilo que elas manifestaram, e quando assumimos a 26 de setembro o processo da descentralização”.

Esta situação fez Aires Pereira recuar 34 anos, e recordou que nessa altura “num célebre plenário nas piscinas (atuais piscinas da Varzim Lazer), onde um homem visionário para o PSD e que nos deixou recentemente, o senhor Avelino Gomes do Monte, teve a coragem de propor uma mudança no paradigma do PSD da Póvoa. O Sr. Avelino pensava longe, e não se contentava com o facto de o PSD ser oposição na Póvoa, e essa mudança estratégica fez com que o PSD fosse pela primeira vez poder na Póvoa, com o Dr. Manuel Vaz, seguida pelo dr. Macedo Vieira, seguida eu e a seguir aquele que estiver melhor posicionado, daqui a 4 anos”.

E continuou: “O que estamos aqui a tratar é de uma eleição para os próximos dois anos, daquele que será o presidente do partido e que conduzirá o partido na sua preparação para esse grande desafio que teremos todos daqui a 4 anos”, e continuou a lembrar: “É curiosa esta história, porque os que estavam contra essa mudança nesse célebre plenário, são rigorosamente os que estão agora contra o futuro do nosso partido na Póvoa de Varzim e que se apresentam como alternativa a esta lista que está aqui. É curioso que 34 anos depois, as pessoas não tenham aprendido nada, e há ainda quem defenda que essa decisão foi um erro estratégico do partido, quando decidiu ser poder na Póvoa de Varzim. O que seria da Póvoa de Varzim hoje sem o PSD a liderar ao longo destes 34 anos”.

Questiona regresso de alguns militantes

No seu discurso, Aires Pereira lançou um alerta. “Porque se reabilitam pessoas que no dia 26 de setembro estiveram com o Chega a lutar contra nós, e agora metemos como militantes novamente? Há aqui alguma coisa que está errado e não estou a perceber. Fizeram o que fizeram e agora e o que está por trás disto, é política escondida? Voltarmos a ter touros? É voltarmos a ter construções em anexo ao E54. É isso que querem?

Sobre o próximo ato eleitoral interno, foi ainda mais incisivo. “Está na hora de falar olhos nos olhos. Dizer ao que vamos e não é com palavras mansas a dizer que estamos todos imbuídos do mesmo espírito que vamos disputar as próximas eleições no partido. Não me escondo e não sou morno, ou sou quente ou frio. Eu dou a cara pelas pessoas que estão comigo há 30 anos no exercício do poder. Este é um momento marcante para o futuro da nossa Póvoa, é disso que estamos a falar e é essa a nossa preocupação, e é esse o nosso único objetivo ao estarmos aqui a apresentar esta lista, com gente nova, com experiência, e uma comissão política em que todos nos reconhecemos e que sempre estiveram disponíveis para o partido e para a Póvoa”.