O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim afirmou ver “naturalmente com preocupação” o procedimento concursal para a nova concessão da zona de jogo, sediada na Póvoa. “Este é um assunto da maior relevância, e que é um assunto que deve merecer de todos nós uma grande preocupação e acompanhamento”, disse aos jornalistas após a reunião do executivo municipal, realizada na semana passada.
Segundo Aires Pereira, estes processos negociais “não têm sido fáceis”, ainda que tenham “sido resolvidos em favor da Póvoa de Varzim, enquanto sede da zona de jogo”. “Daí a minha preocupação com esta próxima negociação. Todos sabemos que o jogo tradicional, hoje, não tem a relevância que tinha no passado, com a chegada do online. Nós vemos nos números de exploração, ano após ano, que o jogo tradicional tem tido uma baixa significativa, e que isso naturalmente se há de traduzir em menos verbas para a concessão”, indicou.
“Há aqui um elemento importante, que é o Estado, que é o ponto de equilíbrio de todo este processo. E que faria bem se também tivesse uma outra postura, nomeadamente no que diz respeito aos 50% que recebe da exploração, que têm de ser ajustados para que seja possível continuarmos com o mesmo nível de investimento que tivemos até aqui. Isso é muito relevante para o desenvolvimento turístico da Póvoa de Varzim”, afirmou o autarca.
A concessão atual deveria ter terminado em 2023, mas foi prorrogada excecionalmente até 2025 “pelas questões que têm a ver com a covid e com o encerramento do Casino”. A questão foi levada a reunião de Câmara porque foi renovado o contrato de cedência de exploração das piscinas da Varzim Lazer, “por força do término da concessão de jogo”, e também dilatada até final do próximo ano.
Questionado se, havendo uma nova concessão de jogo, existirá alguma mudança nas piscinas, Aires Pereira declarou não saber “em que termos é que vai ser feito o novo concurso” nem “em que termos é que vai ser feita a nova exploração. Depois, naturalmente que, com as novas regras, saberemos qual será o modelo que sairá dessa nova concessão”.
Este texto faz parte de um artigo publicado na semana passada no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).