Ainda no rescaldo do Dia da Cidade, assinalado no passado dia 16 de junho, Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, apontou que o futuro passa por “cidades próximas e com sentido de comunidade por razões económicas, ambientais, sociais e sobretudo humanas”.
O autarca, perante uma plateia do Cine-Teatro Garrett cheia de personalidades de entidades e instituições locais, explicou os desafios que a Póvoa de Varzim tem pela frente, desde uma cidade “pensada para os cidadãos, e particularmente para os mais frágeis, preparada para as alterações climáticas, o que implica regenerar o espaço urbano, reabilitar as habitações, ampliar as áreas verdes, colocar ao serviço dos cidadãos transportes que não gerem emissões, dentro de uma aposta na neutralidade carbónica a curto/médio prazo”.
E continuou a sua reflexão: “A Europa aposta em ser um continente climaticamente neutro até 2050. Antecipar esse objetivo é possível”, ao garantir que a Póvoa de Varzim está “no grupo das cidades que têm essa ambição, que vamos concretizar com o envolvimento das pessoas, das empresas e das organizações, através do recurso a tecnologias limpas e energias renováveis”.
O presidente da Câmara quer que a Póvoa de Varzim seja no futuro uma cidade “onde a densidade é agradável, a proximidade é viva, a intensidade social é real, a tal cidade que tudo coloca ao dispor do cidadão num tempo máximo de 15 minutos, percorridos a pé ou em bicicleta. O conceito de proximidade numa lógica de comunidade”.
Sobre os passos já dados para esta concretização, Aires Pereira sublinhou que “a mudança, que temos em curso há algum tempo e que não nos apanhou desprevenidos, é urgente e necessária, quer por efeito da crise sanitária, que obrigou a repensar o modo como vivemos e nos movemos, quer por efeito da crise ambiental, que exige cidades mais sustentáveis e mais viáveis.