Apropesca remove mais de 3 toneladas de lixo acumulado no porto da Póvoa

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A Apropesca tem desenvolvido, ao longo de vários dias, a remoção generalizada dos lixos que se encontravam depositados e abandonados, há mais de um ano, no porto de pesca da Póvoa de Varzim.

Carlos Cruz, presidente da Apropesca – Organização de Produtores de Pesca Artesanal sediada na Póvoa, sublinha que se trata de “lixo acumulado há mais de um ano” no cais do meio do porto da Póvoa, disse. “A nosso cargo tomámos a iniciativa de olimpar, com recurso a empilhadores”. Até ao dia de segunda-feira tinham já sido removidas 3 toneladas de resíduos, sendo que a limpeza ainda se deverá prolongar até ao fim de semana. Também é preciso ter em conta que muito do lixo que aqui se está a falar é ferro e sucata. “Não vai ficar aqui nada que não sejam as artes de pesca”, exclama o responsável, lembrando que o custo da operação não chega nem aos mil euros.

“A Docapesca tinha uma empresa contratada para fazer o levantamento do lixo que vem do mar mas o contrato com a empresa terminou a meio deste mês, pelo que teve de ser lançado novo concurso. Até tudo estar concluído ainda pode demorar, pelo que decidimos juntar os resíduos no cais de fora para, então, eles depois poderem ser levados de forma mais fácil”, observa, com uma ressalva:”O problema é que o lixo cada vez se amontoa mais, não só aquele ligado à nossa atividade específica mas também tudo o resto. As pessoas veem ali um montinho e a tendência é para deitarem ainda mais”, lamenta.“Agora é preciso vir aqui uma empresa e carregar o lixo porque mais do que isto não podemos fazer”, lamenta. “Nós simplesmente queremos manter o porto limpo, porque a nossa imagem também conta”, não tem dúvidas.

Carlos Cruz recorda que, quando a Apropesca há dois anos aderiu ao projeto «Pesca por um mar sem lixo», o objetivo era olhar para a limpeza como um todo, isto é, com atuação no mar e em terra. Esta é a parte em terra, uma vez que a outra no mar tem balanço positivo:“Tem corrido bem. Nós facultamos os contentores e, quando os pescadores chegam do mar, depositam no espaço próprio. Os nossos associados têm aderido”.

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