Assembleia de Vila do Conde aprova orçamento em noite com gesto polémico

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Os deputados da NAU e presidentes de junta afetos ao movimento aprovaram o orçamento de 63 milhões de euros para o próximo ano. Os membros do PS abstiveram-se e o PSD votou contra.

O executivo prevê investir cerca de 21 milhões em obras. “Mais obra, mais dinheiro para as freguesias e para associações, a redução do IMI e da dívida”, explica Elisa Ferraz, presidente da Câmara, eleita pelo movimento NAU.

Para os socialistas há obras que não saem do papel, como “as vias estruturantes nas várias freguesias, o IMI não chega ao mínimo e não há nenhum novo apoio de âmbito social e económico”. Mas os socialistas adiantam que “antes um mau orçamento que nenhum”, e por isso a decisão em optar pela abstenção.

Um gesto com várias interpretações

Um gesto do vice-presidente da Câmara de Vila do Conde, Pedro Gomes, ao mostrar o dedo do meio ao socialista João Fonseca, durante a sessão da Assembleia Municipal, causou um momento de polémica. O gesto considerado de “ofensivo” pelo deputado, ao qual o vereador simplesmente abanou a cabeça em sinal de negação, optando por não responder.

As imagens do momento circulam nas redes sociais, dado que as Assembleias Municipais de Vila do Conde são transmitidas online e abertas ao público. Na altura, o deputado do PS disse que o vice-presidente “não é digno do cargo que ocupa” e lembra o ministro da Economia, Manuel Pinho, que, por causa dos “corninhos” que fez ao comunista Bernardino Soares na Assembleia da República, acabou demitido por José Sócrates.

Na altura estavam a ser discutidas as transferências de verbas para as freguesias em 2021, e também quando o deputado João Fonseca, do PS, criticava o dinheiro que a Câmara ia gastar no Natal, num ano difícil: “No ano em que estamos, quase 400 mil euros gastos em Natal são sua opção e é avaliação dos vila-condenses perceberem se isso é ou não prioritário. 20 mil euros pagos a uma empresa de design gráfico para fornecer chocolates é gastar mal o dinheiro!”, sublinhou.

Já Elisa Ferraz explicou que os chocolates “fazem parte de uma lembrança que a Câmara vai oferecer a todas as famílias da nossa habitação social. Costumávamos fazer uma festa de Natal. Este ano, não foi possível. Terão, todos, esta pequena lembrança: uma caixa com um bolo-rei e uma embalagem de chocolates”.