A Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim aprovou ontem, por maioria, a proposta do executivo de interdição da realização, na área do município, de corridas de touros e outros espetáculos que envolvam violência animal.
Numa sessão com mais público que o habitual, o ponto mereceu considerável discussão, com vários deputados a exporem os seus argumentos, alguns deles dissonantes no interior da própria bancada.
Foi o caso do PSD, em que três deputados, incluindo o líder, Joaquim Vianez, sendo que também Miranda Coelho e António Pontes, presidente da Junta de Laúndos, votaram contra a proposta do executivo, tendo outros dois social-democratas optado pela abstenção, no caso Luís Gamito e o substituto do presidente da Junta de Rataes. No final Aires Pereira, disse, que havia liberdade de voto neste tema.
Também os dois elementos do CDS-PP votaram contra a proposta, não sendo suficiente para travar a aprovação da mesma, com os votos favoráveis dos restantes elementos da bancada do PSD, assim como do PS, CDU, BE e PAN.
Com este desfecho, a partir de janeiro de 2019 o município deixa de permitir a realização de espetáculos tauromáquicos no território poveiro.
No final da sessão, e no período dedicado ao público, Rui Porto Maio, do Movimento a favor da continuidade das Touradas na Póvoa de Varzim, revelou o descontentamento pela decisão e adiantou que o assunto poderá chegar as outras instâncias de modo a travar a decisão política.