Com o voto da maioria PSD, o orçamento da Câmara da Póvoa de Varzim para o próximo ano foi aprovado na noite de quinta-feira na Assembleia Municipal. A oposição em minoria (PS, BE, IL, Chega, CDU e CDS) votou contra. São 80 milhões de euros, “que podem ser cerca de 100 milhões com a abertura de mais avisos dos fundos europeus”, argumentou Aires Pereira, presidente da Câmara.
Aos jornalistas, o edil explicou que “o orçamento pode chegar ao final do próximo ano muito à volta dos 100 milhões de euros, quando começarmos a incluir as dotações provisionais para a construção de habitação social e de outras obras, nomeadamente da rede de saneamento. Não saiu nenhum anúncio do PRR em que se possam fazer essas candidaturas, nomeadamente as obras em escolas. Já foi anunciado que iria sair um aviso para que as autarquias pudessem se candidatar àquelas escolas que fazem parte da listagem anunciada pelo Governo, mas ainda não saiu. Não conseguimos lançar os procedimentos, mas para os lançar precisamos que a verba seja definida”, disse.
Da parte da oposição, o PS, o deputado Pedro Costa pretendia que o PSD aproveitasse a nova rede UNIR para ir mais além na mobilidade, e deixou críticas à gestão do plano quanto à construção de habitação social, referindo-se ao atraso da Câmara da Póvoa em edificar, comparando com outros concelhos.
António Teixeira, do IL, salientou que o orçamento do PSD “arranja todos os subterfúgios possíveis para arrecadar mais receita, com taxas, tachinhas, impostos e taxas encapotadas”, enquanto para João Martins, da CDU, explicou que os milhões que “estão a ser aplicados no Póvoa Arena” não deveria ser prioridade, “dado que há escolas com obras por realizar”.
Por sua vez Miguel Rios do Chega, sublinha que “o orçamento reflete exatamente o rumo socialista paralelo” e confessou que “o investimento que para aí vem é do ímpeto inauguracionista do presidente da Câmara”.
Já Marco Mendonça, do BE, lembrou que o seu partido apresentou 68 propostas para o orçamento, das temáticas da mobilidade, educação, cultura, bem-estar animal, espaço urbano e outros, e lamentou que “nenhuma delas foi vertida para o orçamento”. Foto arquivo CMPV.