Associações ambientais levantam questões quanto a obra na Reserva Ornitológica de Mindelo

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A associação ambientalista Pé Ante Pé (PAP) pede para que seja revista a obra que está programada para os passadiços da Reserva de Mindelo e que estão danificados, mas com essa intervenção vão estar a ameaçar a fauna e a flora que a Reserva Ornitológica de Mindelo (ROM) garantiu proteger, defende a PAP.

Segundo a associação, esta obra prevê o recuo do passadiço em cerca de 150 metros, o que vai fragmentar a duna secundária que lá está e, consequentemente, levar ao desaparecimento da maior e mais bem conservada reserva do concelho. Há também a intenção de tornar artificial a ribeira de Silvares, uma das poucas no litoral norte que se apresenta em estado 100% natural, diz.

O presidente da Câmara de Vila do Conde, Vítor Costa, por sua vez, não entende esta indignação, uma vez que “este plano foi submetido a uma análise minuciosa e recebeu parecer favorável das seguintes entidades: Área Metropolitana do Porto (AMP), Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Capitania do Porto de Vila do Conde, ICNF e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N)”, afirmou.

Para além do mais, o autarca garante que todas as entidades deram um parecer positivo e que o “projeto apresentado cumpre os requisitos legais e ambientais, garantindo a proteção das espécies, bem como a preservação dos ecossistemas”, e lamenta que “insinuações” deste tipo “atrasem intervenções que são extremamente necessárias”.

As associações ambientalistas exigem ver o plano da obra e garantem que vai ser violado o regulamento daquela paisagem protegida regional.

A APAP exige a intervenção urgente do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), neste assunto, e não vão medir esforços para que a reserva seja conservada.