O Bloco de Esquerda/Vila do Conde defende a “remunicipalização” da água no concelho, por forma a baixar os preços do serviço. Em comunicado, o partido afirma que “não há nenhuma razão que explique o elevado preço, a não ser o lucro excessivo da empresa concessionária”.
Na sexta-feira, o Bloco organizou um debate na Biblioteca José Régio sobre o tema. Participaram os dirigentes partidários José Maria Cardoso e Maria Manuel Rola, numa discussão que defendeu que “a privatização da água não é uma inevitabilidade”.
Findo o debate, o partido lançou uma nota de imprensa na qual afirma que “as pessoas de Vila do Conde pagam a água mais cara do país e esse facto só é explicável pelo facto de ter sido privatizado um serviço essencial que é da responsabilidade da autarquia”.
“O PS, que entregou a privados a construção da rede e a distribuição da água, agora de novo no poder, pela voz do atual Presidente, prometeu durante a campanha eleitoral reduzir o preço da água. Prometeu fazê-lo através de renegociação com a concessionária e, no caso de isso se revelar impossível, remunicipalizar o serviço”, lê-se no comunicado. No entanto, continua, seis meses depois da tomada de posse “e sendo este um dos problemas mais urgentes do município, os vilacondenses não veem o dia em que tal promessa seja cumprida”.
Segundo o Bloco, a “única forma de defender os e as vilacondenses dos interesses privados é esse serviço ser provido por entidade pública”. Nesse sentido, exige a reversão da concessão da Indaqua – “o município deve remunicipalizar essa sua competência, exercendo-a diretamente, eliminando os lucros e, dessa forma, baixar significativamente o preço da água”.