Bloco de Esquerda questiona Governo sobre aterro de Paradela

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O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre os problemas ambientais do aterro da Resulima em Paradela, Barcelos. O partido quer saber se “o governo tem conhecimento sobre esta matéria e que diligências vai o Governo tomar para apurar as causas das denúncias da população”, adianta em nota de imprensa.

O aterro é, desde o início do ano, alvo de queixas por parte dos moradores das freguesias poveiras de Rates e Laúndos devido aos maus cheiros. As reclamações levaram até à realização de uma vistoria pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CC, que “confirmou a existência de cheiros nauseabundos e oito inconformidades”, lembra o BE. Entre as inconformidades, foi detetada a “deficiente cobertura diária dos resíduos” e a “existência de um furo sem licença”.

“A CCDR-N instigou a Resulima apresentar um plano de ação em 30 dias e 180 dias para resolver os problemas no aterro de Paradela” e “a Resulima afirma que fez obras de mitigação dos odores e na cobertura dos odores”, indica o Bloco, mas “os odores agravaram-se e a população das freguesias contiguas ao aterro queixa-se dos impactos negativos no seu bem-estar. Esta situação levou a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim avançar judicialmente para encerrar aterro em Paradela, Barcelos”.

O BE “entende que devem ser apuradas as causas dos fortes odores, no sentido de se encontrarem soluções para os problemas ambientais que continuam a afetar a qualidade de vida e a saúde dos moradores e moradoras das freguesias junto ao aterro”.

Nesse sentido, pergunta se “tem o Governo conhecimento sobre esta matéria”, se “vai o Governo tomar diligências para apurar as causas das denúncias da população” e “quais as diligências tomadas no âmbito das ações inspetivas levadas a cabo pelas entidades de fiscalização ambiental para mitigar dos odores nauseabundos”, para além de questionar se “tem havido articulação levada a cabo com as entidades de saúde pública? Se sim, há algum parecer das entidades de saúde pública”.