Bloco de Esquerda reúne com Apropesca para identificar dificuldades dos pescadores

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O Bloco de Esquerda reuniu, na segunda-feira, com a direção da Apropesca – Associação de Produtores da Pesca Artesanal, nas instalações da associação na lota da Póvoa de Varzim. O objetivo da reunião foi identificar as principais dificuldades enfrentadas pelos pescadores da região.

Participaram na reunião o líder parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, e o dirigente e deputado na Assembleia Municipal poveira, Marco Mendonça, entre outros elementos do partido.

Segundo Carlos Cruz, presidente da Apropesca, as maiores preocupações dos pescadores são a falta de trabalhadores no sector, a falta de embarcações novas, os problemas de assoreamento do Porto da Póvoa de Varzim, a falta de uma cantina social e o projeto de implementação de eólicas em alto mar.

“O Bloco de Esquerda está preocupado pelo facto de as associações de pescadores não terem feito parte, desde a primeira hora, do grupo de trabalho que junta representantes de todos os interesses do mar, no que diz respeito à criação dos parques eólicos, numa área de 320 mil hectares e sobre a falta de estudos no impacte que o projeto desta dimensão trará para os ecossistemas marinhos”, indica o partido em comunicado.

O Bloco mostra-se ainda preocupado com a situação do porto da Póvoa de Varzim, visto que, “, segundo os relatos, desde a construção da nova marina, na parte norte, a areia no Porto avoluma-se de forma galopante”, diz. “Lembramos que em menos de um ano o Porto da Póvoa de Varzim já teve de ser intervencionado por duas vezes. A última intervenção teve um custo superior a 3 milhões de euros”, refere.

“É no nosso entender, a concessão sistemática dos serviços de dragagens a privados que lucram milhões de euros, com a necessidade frequente de dragagens no país. O Bloco de Esquerda entende que a resposta para este problema passa pela criação de uma empresa pública de dragagens”, termina o comunicado.