O executivo da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim aprovou, na reunião realizada na terça-feira (14), o Orçamento Municipal para 2024. O documento foi aprovado com sete votos a favor, dos elementos eleitos pelo PSD, e dois votos contra, dos vereadores do PS. Segundo o presidente da autarquia, Aires Pereira, este é o “maior orçamento de sempre” e poderá ainda ser maior.
O Orçamento Municipal para 2024 situa-se nos 79,6 milhões de euros o que, diz Aires Pereira, “reflete aquilo que tem sido o trabalho do município, a sua capacidade de investimento e a sua capacidade de captar investimento”. Adiantou também que “é possível que o Orçamento venha ainda a ter números muito maiores, porque temos cerca de mais 14 milhões de euros (ME) no âmbito do 2030, e ainda não houve nenhuma abertura de avisos para podermos apresentar as nossas candidaturas, que temos em condições de poder desenvolver”.
Mais referiu que a política fiscal se mantém no próximo ano. Questionado quanto à fatura da água, disse que “vai sofrer a imputação da taxa de inflação, e que é o mesmo que as Águas do Norte e a Lipor nos estão a passar. Mas nem por isso deixaremos de ser um município que tem a água mais barata da Área Metropolitana do Porto”.
“Estamos na oposição para apresentar uma visão diferente e alternativa”
João Trocado, vereador do Partido Socialista, explicou que as propostas da oposição, as quais o executivo PSD votou contra, foram apresentadas para votação nesta reunião em bloco, antes de ser votado o Orçamento. Assim, mesmo se alguma das propostas da oposição passasse, era impossível votar o Orçamento, porque teriam de ser acrescentadas ao documento. Para o vereador, isto é “inaudito”, e “só não é mais inaudito porque o ano passado fizeram o mesmo”.
O vereador considera que “o PS tem uma forma de atuar propositiva, ou seja, não estamos na política e na oposição para dizer mal do poder. Estamos para apresentar uma visão diferente e alternativa”.
As propostas do PS passavam por áreas como a mobilidade, a descarbonização e aumento da área verde do concelho, apoios às famílias e aos pequenos negócios, dar “um maior futuro” aos seniores, e ainda pela cultura, pelo desenvolvimento e pelos investimentos nas freguesias.
Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição digital (PDF).