Câmara de Vila do Conde acusada pelo PS de “entrar em campanha”

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O Partido Socialista de Vila do Conde acusa em comunicado que a Câmara Municipal liderada por Elisa Ferraz “entrou em campanha eleitoral, fora do tempo e desbaratando dinheiros públicos”, com a publicação de uma revista municipal de “luxo – uma revista que tem a data de 2017-2021, cuja impressão custou 39.750 euros, a distribuição 2.950 euros, a que se juntam despesas com o design e composição, elevando o gasto total com a revista para cerca de 60.000 euros”.

Vitor Costa, presidente do PS local, aponta ainda que “os conteúdos insertos na revista, as 68 fotografias da presidente da Câmara talvez falem por si. É culto de personalidade? Tudo indica que sim”.

No comunicado, os socialistas lembram outros custos recentes da autarquia vila-condense com “gastos de 47.850 euros na elaboração e projeção de um espetáculo de videomapping para exibição na grelha de eventos da quadra natalícia”, e a compra de “chocolates e bolos-rei, para distribuir no Natal nos bairros sociais, uma verba superior a 20.700 euros”. Nas três iniciativas, o PS contabiliza “um inconcebível valor de 128.850 euros”.

O PS de Vila do Conde lembra também que “se a isto juntarmos as verbas avultadas gastas com iluminações festivas, demais decorações e animações, mais os gastos que foram projetados na programação, e que foram cancelados em cima da hora, num total a rondar os 350.000 euros, é verdadeiramente elucidativa a vontade da Câmara Municipal em gastar dinheiros públicos em propaganda, dando início à campanha eleitoral.

O comunicado termina com a lembrança que as eleições autárquicas “só vão acontecer no terceiro trimestre de 2021” e que “o tempo de pandemia e de tantas dificuldades em que vivem as pessoas e as instituições, tornam ainda mais incompreensíveis e injustos estes gastos”.