Por estes dias, quem passar na marina de Vila do Conde, onde está situada a Nau Quinhentista, verá um cenário mais verde que o normal. Isto porque, naquela zona, o rio Ave está coberto por jacintos de água.
A planta aquática invasora chama a atenção, mas não pelos melhores motivos. Porque formam tapetes na superfície da água, os jacintos de água impedem que a luz do sol atravesse, o que prejudica a fauna e flora e pode levar até ao seu desaparecimento. É, por isso, uma das espécies que suscitam preocupação na União Europeia, segundo o Regulamento nº 1143/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 22 de outubro de 2014.
A Câmara Municipal de Vila do Conde lançou um comunicado na noite de quinta-feira no qual alerta que “o arrastamento de quantidades significativas destas plantas para as praias do Concelho pode gerar custos económicos para o Município”. Pode ainda causar “riscos para a saúde pública, nomeadamente pela sua degradação e proliferação de insetos vetores de doenças, e prejuízos para o turismo”.
Por isso, informa ter contactado a Administração da Região Hidrográfica (ARH) Norte sobre a situação. Esta entidade “tem, juntamente com a Unidade de Saúde Pública da ACES Grande Porto IV – Póvoa de Varzim/Vila do Conde, realizado análises às águas da zona de recreio e lazer de Azurara, no Rio Ave, através do Programa de Vigilância das Águas Balneares e do Programa Bandeira Azul”.