Casa do Regaço “é preponderante na integração na sociedade” diz secretária de Estado (fotos)

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“É um prazer e uma honra estar aqui”. Foi assim que a secretária de Estado da Educação começou a sua intervenção, na tarde de quinta-feira, junto das futuras residências complementares à Casa do Regaço. Numa visita à Póvoa de Varzim, Inês Ramires passou pelo centro de acolhimento, que elogiou pela “qualidade”.

Dirigindo-se aos “meninos”, nome carinhoso que deu às crianças e jovens residentes no centro de Terroso, a governante agradeceu a maneira como foi acolhida “na sua casa, com uma capacidade, uma articulação e uma forma de estar notáveis”.

Esta atitude natural dos jovens é, aliás, reflexo da “qualidade, visão e capacidade de intervenção nas situações em concreto” da casa, até porque “normalmente os projetos que acompanhamos não têm esta qualidade”, notou a secretária de Estado. Por isso, Inês Ramires afirmou que “é inspirador ver como um exemplo faz escola”.

Sobre os novos espaços residenciais, na zona de recreio da escola básica de Terroso, é da opinião que “ter este trampolim, esta casa de autonomia, é essencial”. Estão a ser construídos 7 quartos duplos para os jovens adultos que saem da Casa do Regaço.

Esta obra é “preponderante na integração na sociedade” porque, acrescentou Inês Ramires, “sair aos 18 anos, só com o 12º ano, para uma vida que pode não lhes dar o apoio que eles precisam, nem sequer faz jus a todo o esforço que fizeram antes”.

A terminar, salienta isso mesmo, o esforço dos residentes. “As condições tentam dar-vos asas, mas vocês têm de aprender a voar”, explicou, “e vocês aprenderam a voar, sozinhos, com ajuda, mas pelo vosso esforço”.

Do lado da Casa do Regaço, Luísa Tavares Moreira aproveitou a ocasião para “agradecer a todos os que apoiam diariamente a instituição”, tanto os empresários, como as pessoas singulares, e, especialmente as escolas.

No final do ano letivo, em que os residentes “tiveram bons resultados académicos e têm boa postura na comunidade”, a presidente da direção da delegação poveira da Cruz Vermelha destacou a EB 2, 3 de Beiriz, a Escola Secundária Rocha Peixoto e a Eça de Queirós pelo apoio prestado aos alunos.

De acordo com a mesma, “amanhã quando chegarem à vida ativa, irão reconhecer os professores como tendo sido uma alavanca fundamental para que eles possam ter sucesso, como já aconteceu com outros”.

O evento serviu também para a realização de duas homenagens e reconhecimentos: uma aos residentes da Casa do Regaço e outra à Cruz Vermelha da Póvoa de Varzim.

As 21 crianças e jovens receberam uma lembrança, que incluiu um vale para a compra de um tablet para cada um. Esta oferta da SONAE é uma mais-valia e vai facilitar a educação, até porque “os jovens merecem”.

A delegação poveira recebeu, das mãos de Francisco George, presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, uma medalha de mérito, “a maior condecoração para este fim”. Luísa Tavares Moreira partilhou a medalha “com todos os colegas da direção e todos os colaboradores”, porque “são eles que fazem a Cruz Vermelha”. “Eu sou unicamente uma coordenadora”, terminou.