O catálogo da exposição “O homem que vê aviões debaixo da terra”, de Albuquerque Mendes, foi lançado no passado sábado, na presença do artista, Luís Diamantino, Valter Hugo Mãe e Tomás Carneiro, e mais algumas dezenas de pessoas, que se dirigiram à sala Concreto do Cine-Teatro Garrett.
O livro, que inclui textos ilustrativos da exposição, foi tema de conversa entre Albuquerque Mendes e Valter Hugo Mãe, e à qual de associaram alguns dos presentes na plateia.
A mostra, que pretende exibir uma “ode aos rituais locais, num misto de introspeção e provocação”, estará aberta ao público até 20 setembro.
Luís Diamantino, vice-presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, disse que o catálogo permite “mergulhar novamente na exposição”, e acrescentou que “quem entra nesta sala não vai ficar indiferente” e explicou que a palavra “desinquietar é sadia, e é importante sentirmos desconfortáveis”.
Por sua vez, Valter Hugo Mãe referiu que ao falar na Póvoa de Varzim, “lembra memórias importantes e sem a Póvoa não se poderá falar da minha infância”. Por sua vez, Albuquerque Mendes sublinhou que “a criação em qualquer área não tem limite”, como afirmou que o seu trabalho das suas pinturas, surgem de um processo “da leitura de livros”.
Recorde-se que o artista de arte contemporânea voltou a expor na Póvoa de Varzim 46 anos depois de apresentar ‘As três mortes de S. João Baptista’ na Praça do Passeio Alegre”, em 1976, numa “performance-ritual que decorreu durante os III Encontros Internacionais de Arte”.
No final da sessão foi realizada uma nova representação teatral da peça de teatro em um ato, com o mesmo título da exposição e de autoria do artista, representada por Rui Spranger.