CDU propõe resgate da concessão da água em Vila do Conde e critica posições das forças políticas locais

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“Nas últimas semanas verificamos que têm existido um avolumar de posições políticas sobre a questão da água e saneamento com troca de comunicados por parte do PSD, do presidente da concelhia PS – Vitor Costa e até da própria Indáqua”, referiu a CDU de Vila do Conde este sábado em conferência de imprensa.

Os comunistas explicam que “não deixam de ser surpreendentes as posições agora apresentadas por elementos de PS e PSD ao arrepio das suas históricas posições na defesa dos interesses privados nesta matéria”, e sublinha que a CDU “sempre esteve do lado certo da história, na defesa da gestão pública do sector da água, do saneamento e dos resíduos, defendendo e afirmando que estes são serviços públicos essenciais que devem ser geridos de acordo com o interesse público e colocados ao serviço da população, do desenvolvimento e da valorização dos territórios”.

Segundo a CDU a cronologia histórica da questão da água resume-se que no ano de “2002 PS, PSD e CDS aprovaram, no executivo municipal e na Assembleia Municipal o lançamento de um concurso público para a concessão destes serviços. A CDU votou contra”.

Negociações com Indáqua “trouxeram sempre aumentos à população”

Depois, “foi assinado em 2008 o contrato de concessão com a empresa Indáqua pelo período de 40 anos. A CDU votou contra. A favor, o PS com Mário de Almeida e os seus discípulos Elisa Ferraz e Vitor Costa. A conivência dos restantes partidos com a abstenção”. Para a CDU a consequência desta opção teria “aumentos sucessivos no bolso dos vila-condenses, algo que infelizmente se concretizou”.

A CDU explica que “em 12 anos, foram já negociados 3 aditamentos ao contrato por PS e NAU sendo que, na nossa perspetiva, estamos perante um agravar da exploração do serviço em cada um destes aditamentos”.

A CDU propõe que “o resgate do contrato de concessão é a única forma que traz benefícios quantificáveis para o município, para o Estado e população e, a nosso ver, é a única forma de garantir e salvaguardar o interesse público, tendo em conta que água é um bem fundamental à vida e, como tal, um bem que só pode ser do domínio público”, apontando aos vila-condenses que “terão escolhas a fazer no futuro próximo entre aqueles que optaram pela defesa da concessão, que foram todos ao sabor dos interesses privados e que agora tentam branquear as suas responsabilidade e aqueles que, por outro lado, sempre defenderam que estamos perante serviços essenciais que correspondem a direitos fundamentais das populações e que devem ser geridos publicamente”.