A concelhia do CHEGA da Póvoa de Varzim esteve reunida para discutir a situação pandémica e as medidas recentemente anunciadas pela Câmara. O partido concorda com o alargamento do horário do Mercado e com a isenção de pagamento dos espaços municipais, mas acha curto.
“Parece-nos pouco que não apoiem economicamente o tecido empresarial do concelho. E parece-nos pouco que não permitam as feiras ao ar livre, que mantenham os parques fechados e que não abram a praia e a frente marítima”, diz o CHEGA em comunicado esta semana.
A Câmara tem primado por uma “atitude de proteção total da saúde em detrimento total da economia”. E mesmo o estacionamento grátis apenas se verificou “após a imposição do confinamento geral, ou seja, não serviu para ajudar o comércio, pois este estava encerrado”.
A autarquia deveria, com caráter de “urgência”, dar um “apoio extraordinário ao tecido empresarial da cidade, para que se possa pagar salários, impostos, rendas e para impedir a falência eminente de muitas empresas”.
O CHEGA considera que a Câmara tem capacidade financeira para isto, tendo em conta o investimento feito outras obras previstas “como a Arena da Póvoa orçada em 10 milhões”.
As feiras, por seu lado, devem ser “imediatamente permitidas”. Os feirantes estão “em grave situação económica e os seus fornecedores a deitar ao lixo as suas produções”.
Saúde mental dos poveiros “é essencial”
Além da parte económica, o CHEGA diz que “é essencial a parte mental, libertando a praia e a frente marítima, os jardins e o parque da cidade”, continua o comunicado.
“A Câmara tem o poder de fechar ou abrir zonas. O que queremos é que se defina que estão abertas, mas com fortes penalizações para quem não respeitar as distâncias sociais”, propõem.
“Esta paz podre normalmente funciona com os incumpridores, mas os cumpridores são os que mais sofrem e a quem mais falta faz o poderem sair para descomprimir e não entrar em quadros depressivos”.
A concluir, a nota refere que “os poveiros têm, em silêncio e sem reivindicações, aguentado toda esta pandemia e confinamento sem nada receber e sem possibilidade de trabalhar”.