Está a chegar o mês de maio e, na freguesia de Rates, este mês é sinónimo de música sacra. O XVII Ciclo de Música Sacra da Igreja Românica de Rates arranca no próximo fim de semana, de 6 e 7 de maio, e volta a incluir concertos aos sábados, às 21h30, e aos domingos, às 18 horas.
Na conferência de imprensa de apresentação do programa, realizada na quinta-feira, o diretor artístico do evento, José Abel Carriço, explicava que “o Ciclo de Música Sacra se tornou uma referência de Rates, da Póvoa, a nível de muitos pontos do país e também a nível do estrangeiro”.
Citando o Papa Francisco, o professor afirmou que “a música sacra tem a tarefa de unir a história cristã”, sendo que “a música sacra e a música em geral criam pontes, aproximam as pessoas, até as mais distantes. Não conhecem barreiras de nacionalidade, etnia e cor da pele, mas envolvem todos”. É nesse sentido que o Ciclo quer atuar: “fazemos isto para que a cultura se eleve, e para que não só a comunidade ratense, mas todos, poveiros e não só, possam aproveitar”.
O pároco de Rates, pe. Manuel de Sá Ribeiro, salientou esse mesmo ponto, apelando à adesão de todos os públicos. “A cultura está a ficar esquecida. Cultivam-se os campos, ‘cultivam-se’ os animais. Mas na formação intelectual há muito e grave deficiência”, opinou. “Quem tome conhecimento disto, venha! A entrada é livre”.
“Que seja bom, que as pessoas adiram e que venham. Realmente é grátis, não se paga e é desperdiçar arte”, atentou Manuela Craveiro, presidente da Melodiartes, associação que organiza o evento. Da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, a vereadora Andrea Silva salientou que “tudo isto é partilhado sem nada em troca”, pelo que “não posso deixar de sentir gratidão pela dedicação e contribuição para a cultura e vida religiosa da comunidade. Espero que continuem a inspirar outros com este amor pela música”.
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O XVII Ciclo de Música Sacra começa a 5 de maio com o 12º Curso de Música Sacra. Às 21 horas, tem lugar o colóquio ‘A Música na Liturgia, um momento de arte e catequese’, com o vigário arquiepiscopal para a celebração da fé, cónego Hermenegildo Faria, o presidente do Serviço Nacional de Música Sacra, Emanuel Pacheco, e o compositor e organista da igreja do Marquês, do porto, Eugénio Amorim.
A 6 de maio, tem lugar uma formação para cantores e acompanhadores, orientada por Emanuel Pacheco. Já no dia 13, será realizada a formação só para acompanhadores de órgão orientada por Rui Soares.
A nível de concertos, o Ciclo arranca a 6 de maio com o encontro de coros paroquiais ‘A Música Litúrgica no Arciprestado de Vila do Conde/Póvoa de Varzim’, no qual participam o Grupo Coral Paroquial de S. José de Ribamar, o Grupo Coral Paroquial de Terroso, o Grupo Coral Paroquial de Estela e o anfitrião Grupo Coral Paroquial de Rates.
No dia seguinte, o Coro Genenis, dirigido por Ernesto Coelho, atua no concerto ‘Requiem de Fauré e outros grandes temas da música sacra’.
A 13 de maio, há o concerto de órgão ‘Variações para órgão’, por Rui Soares, seguido no dia seguinte pelo concerto ‘A frescura sagrada no canto juvenil’, com a participação do Coro Pequenos Cantores de Pevidém, Coro Pequenos Cantores de Amorim e Laúndos, Coro InfantoJuvenil de Beiriz, e Coro Pequenos Cantores de Rates.
No fim de semana seguinte, a 20 de maio, atua o Ensemble Corde-Voce, dirigido por André Carriço, no concerto ‘Sonoridades con spirito’, e a 21 de maio, o Coro Voces Verbi, dirigido por Rodrigo Oliveira, no concerto ‘Na Eucaristia com Maria’.
O Ciclo termina no fim de semana de 27 e 28 de maio, com ‘Em silêncio com Maria até à Cruz’ no sábado, pelo Ensemble da Escola Arquidiocesana de S. Frutuoso (Braga), dirigido por André Carvalho, e ‘Sub tuum praesidium’ no domingo, pelo Coral ‘Ensaio’, Sinfonietta Pró-Música e o organista Daniel Sousa, dirigidos por Tiago Carriço.