Segunda-feira, Maio 12, 2025

Comprar um Volkswagen Usado: Popularidade, Vantagens e Riscos

O mercado de carros usados em Portugal não pára de crescer. Só em 2024, foram transacionados mais de 812 mil veículos em segunda mão – praticamente quatro por cada carro novo vendido. Com esse ritmo, não é surpresa que a Volkswagen esteja entre as marcas mais procuradas.

Modelos como o Golf, o Polo e o Passat dominam as preferências. O Golf, em particular, é visto como uma escolha segura: confortável, versátil e com boa imagem no mercado. Já o Polo agrada quem procura um citadino fiável e económico, enquanto o Passat continua a ser uma aposta de peso entre os que valorizam espaço e robustez.

Mas mesmo com essa procura elevada, há riscos associados à compra de um usado. A adulteração de quilómetros e os danos ocultos são dois dos mais comuns. Por isso, é essencial confirmar o histórico de qualquer veículo antes de fechar negócio. Ferramentas como o decodificador de VIN da Volkswagen ajudam a verificar informações importantes – desde registos de acidentes a divergências de quilometragem.

Um carro usado pode parecer impecável à primeira vista… mas sem uma análise de fundo, o comprador arrisca-se a pagar por problemas que só surgem depois. Com um simples relatório de histórico, esse risco diminui – e muito.

Porque os Portugueses Confiam na Volkswagen. Há marcas que se impõem com o tempo – e a Volkswagen é uma delas. A confiança dos portugueses nesta fabricante alemã não surgiu por acaso. Começou há décadas, com o famoso Carocha, e continua hoje com modelos modernos que mantêm a tradição de qualidade.

Segurança é uma das razões mais citadas pelos consumidores. Diversos modelos da Volkswagen obtêm classificações máximas nos testes Euro NCAP, o que transmite tranquilidade a quem está ao volante. Além disso, o desempenho consistente em rankings de fiabilidade ajuda a reforçar essa imagem positiva.

Em 2024, o VW Polo e o VW Golf receberam, respetivamente, 69 e 63 pontos num índice de fiabilidade de veículos usados – valores bem acima da média. E essa reputação não é só técnica: há também uma relação emocional. É comum ver famílias que mantêm-se fiéis à marca por gerações.

A robustez da construção, aliada à manutenção previsível, transforma os modelos VW em escolhas naturais para quem não quer surpresas. Quem compra um Volkswagen sabe o que esperar – e isso, num mercado de usados, vale ouro.

Gama Abrangente e Forte Presença no Mercado Nacional. Poucas marcas conseguem oferecer tanta variedade como a Volkswagen. Desde o Up! compacto até ao Tiguan SUV, há sempre uma opção que encaixa no perfil do condutor português.

Essa diversidade garante presença em vários segmentos. Os citadinos como o Polo são ideais para o dia-a-dia urbano, enquanto o Golf continua a ser um dos hatchbacks mais equilibrados do mercado. Já o Passat, especialmente na versão Variant, agrada quem procura espaço sem abrir mão do conforto.

A abundância de peças, os serviços especializados e a rede de oficinas bem distribuída tornam a manutenção de um VW usada mais acessível. E como a oferta é ampla, os compradores beneficiam de bons preços e ampla escolha.

Outro ponto a favor é o valor residual. Modelos da Volkswagen tendem a manter cotações altas no mercado de revenda – um reflexo direto da sua procura constante. Isso significa que, ao comprar um usado da marca, é provável que o carro desvalorize menos ao longo do tempo.

No final, essa combinação de gama ampla, manutenção facilitada e boa revenda explica por que a Volkswagen mantém uma posição de destaque entre os carros em segunda mão em Portugal.

Os Principais Riscos ao Comprar Carros Usados. Mesmo quando falamos de marcas fiáveis como a Volkswagen, o mercado de usados não está isento de riscos. Quem procura um automóvel em segunda mão precisa de mais do que um bom preço ou um modelo popular – precisa de certezas.

Há três problemas que surgem com frequência: odómetros manipulados, sinistros não declarados e veículos importados com histórico incompleto. Cada um representa um risco diferente – e todos exigem atenção redobrada por parte do comprador.

Adulteração do Quilómetro: Um Problema Mais Comum do que se Pensa. Parece difícil de acreditar, mas ainda hoje a manipulação do odómetro continua a ser uma realidade em Portugal. Estima-se que 2,2% dos carros usados apresentam quilometragem alterada – e em média, com um desvio de cerca de 70 mil quilómetros.

A diferença não é pequena. Um carro que aparenta ter 100 mil km pode, na verdade, já ter rodado perto de 170 mil. Isso afeta diretamente o valor pedido e o desgaste real do veículo – o que significa manutenção mais cedo e custos imprevistos.

Entre os modelos mais visados, o Volkswagen Scirocco chama a atenção: 3,5% das unidades verificadas apresentavam fraudes no conta-quilómetros. Não se trata de casos isolados – é uma prática que pode passar despercebida sem uma verificação adequada do histórico.

Danos Ocultos: Historial de Acidentes Não Declarado. Outro risco que não pode ser ignorado está nos acidentes não registados. Cerca de 35,9% dos carros verificados em Portugal apresentam histórico de sinistros. E mais – o custo médio de reparações associadas ronda os 4.281 euros.

Mesmo com reparações aparentemente bem feitas, nem todos os danos são fáceis de identificar. Desalinhamentos na estrutura, diferenças subtis na pintura ou ruídos estranhos podem ser sinais de problemas mais profundos.

Se o acidente não foi declarado ou foi mal resolvido, a segurança do veículo pode ficar comprometida. E, num carro usado, isso é precisamente o que se deve evitar.

Carros Importados: O Risco dos Históricos Incompletos. Com a oferta local a não acompanhar a procura, os carros importados passaram a ocupar uma fatia significativa do mercado nacional. Hoje, mais de 65% dos usados à venda em Portugal são importados.

Muitos vêm de países como a Alemanha ou a Bélgica – mas chegam cá com histórico incompleto. Isso levanta duas questões: falta de informação e maior risco de fraude. Aliás, estudos indicam que carros importados têm até quatro vezes mais probabilidade de apresentar adulterações no odómetro.

É aqui que entra a importância do decodificador de VIN. Com esta ferramenta, é possível rastrear o histórico completo do veículo – incluindo registos de manutenção, acidentes e quilometragem verdadeira. Não garante tudo, mas ajuda a evitar más surpresas.

Escolher Bem para Comprar com Confiança. A Volkswagen consolidou-se como uma escolha segura entre os carros usados em Portugal – e há motivos claros para isso. Fiabilidade mecânica, valor de revenda consistente e uma gama que cobre desde citadinos até familiares fazem da marca uma presença constante nas estradas do país.

Modelos como o Golf, o Polo e o Passat mantêm-se entre os mais procurados, justamente por entregarem desempenho previsível e custos controlados. Há também um reconhecimento natural da marca entre oficinas e profissionais do setor, o que facilita qualquer manutenção ou assistência técnica.

Mas é precisamente por isso – por serem tão procurados – que os VW usados também exigem atenção redobrada. Mesmo os modelos com boa reputação podem ocultar problemas no historial, como quilometragem alterada ou sinistros não declarados.

É aqui que entra o papel de ferramentas como os decodificadores de VIN. Com uma simples consulta, conseguimos aceder a registos de inspeções, acidentes, intervenções mecânicas e até histórico de importação. São detalhes que não aparecem no exterior do carro, mas que fazem toda a diferença.

Comprar um Volkswagen em segunda mão é, sim, uma aposta sólida. Mas como em qualquer decisão informada, o sucesso está nos detalhes. Conhecer o histórico, confirmar a origem e cruzar os dados é o que separa um bom negócio de uma dor de cabeça futura.

No fundo, não basta confiar na marca – é preciso confiar também na unidade específica que se está a comprar. Com as ferramentas certas e um olhar atento, isso é perfeitamente possível.

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