Aires Pereira, presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, considerou esta quarta-feira que houve uma “evolução muito positiva” no debate sobre o novo Plano da Orla Costeira (POC) entre Caminha e Espinho, após a reunião no Ministério do Ambiente, em Lisboa, na qual estiveram outros autarcas e entidades envolvidas no processo.
No entanto, o autarca já foi adiantando que sobre a situação específica dos três edifícios do seu concelho que foram sinalizados como elegíveis para a demolição, por estarem em cima dos areais, esclareceu que, no caso da Esplanada do Carvalhido, esta “vai ser alvo de um projeto conjunto para a renovação do espaço e não a sua extinção”.
“Para o bar na praia de Quião serão criadas condições para dar tempo e espaço para a sua renovação e, quanto ao edifício Enseada, entrará em processo de retirada, uma vez que foi adulterado o seu funcionamento inicial, mas dando tempo para o concessionário se acomodar”, revelou.
Quando à situação das piscinas municipais, que também foram sinalizadas como estando em zona de risco, Aires Pereira revelou que não está entre a lista de prioridades do novo POC.
“Parece-me que a demolição está fora de questão, porque o ministério tem outras prioridades e, a nível financeiro, não terá condições para deslocalizar um edifício desta natureza. Se houvesse um perigo iminente, o que não acontece, teríamos de avaliar o que seria melhor para o interesse público”, apontou o autarca da Póvoa de Varzim.
Entre os temas esta quarta-feira debatidos na reunião o autarca poveiro apontou “o compromisso para a proibição de novas edificações nas zonas de risco” e a “revisitação aos sítios mais sensíveis de técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente para verificar a ocupação existente e estabelecer uma calendarização para, se necessário, operar, com tempo, uma deslocalização”.