“Contributos ao orçamento são bem-vindos mas sem contrapartidas”, assinala Elisa Ferraz

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Na segunda-feira, a Câmara Municipal reuniu de urgência com a comissão política do PSD de Vila do Conde a propósito do orçamento municipal para 2021. Foi cinco dias depois do PSD, através do líder Pedro Soares, ter apresentado publicamente as suas condições para viabilizar o documento que deverá ser debatido em dezembro na Assembleia Municipal.

Ora, em comunicado, a autarquia revela que foi mesmo através da imprensa que tomou conhecimento “da vontade do PSD de contribuir para a elaboração” do orçamento. Só depois do anúncio público é que os social-democratas terão solicitado uma reunião, que decorreu na segunda-feira. De qualquer forma, ainda que tivesse tido lugar no passado dia 21, “seria impossível” verter qualquer efeito no documento, dada a complexidade da sua elaboração.

“O orçamento é um documento rigoroso e abrangente, cuja preparação exige a máxima atenção e precisão por parte do executivo, traduzindo-se num trabalho levado a cabo ao longo de várias semanas”, argumenta a autarquia.

“Neste sentido, tal como a lei implica, a Câmara elabora este importante documento e disponibiliza-o a todos os vereadores eleitos, em tempo de o mesmo constar na ordem de trabalhos da próxima reunião de executivo, que terá lugar no dia 29 do corrente mês, e posteriormente ser remetido ao senhor presidente da Assembleia Municipal”.

A nota enviada às redações continua: “Se por um lado, se verifica o desajuste de contributos relativamente ao tempo e à exigência da elaboração do orçamento, por outro constata-se o desconhecimento do trabalho que tem vindo, ao longo dos últimos anos, a ser desenvolvido pela Câmara”.

A terminar, a edilidade refere: “Pela sua importância e complexidade, a elaboração do orçamento municipal para o próximo ano acolheria todos os contributos úteis, desde que possíveis de executar na prática e na forma do mesmo, não fazendo nunca depender a sua aceitação da obrigatoriedade de qualquer contrapartida, nomeadamente a sua aprovação, mas sempre pugnando pela defesa do que melhor serve os vilacondenses”, concluem.