O Correntes d’Escritas está de volta à Póvoa de Varzim entre os dias 15 e 22 de fevereiro, este ano, com a 26ª edição, com algumas inovações, mas com o objetivo de sempre. O programa promete 100 autores, dos quais 30 são estreantes, divididos por 10 mesas, que prometem temas diferentes e que vão levar escritores e seguidores do festival a outras dimensões da arte. “Decidimos escolher a arte, a arte plástica, e fomos a quadros que são mundialmente conhecidos como a “Guernica” de Picasso e trouxemos para cada uma das mesas”, explicou o vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa, Luís Diamantino, na sessão de apresentação do programa.
O autarca aproveitou o momento para divulgar os números do impacto do Correntes d’Escritas nas suas 25 edições já realizadas, e referiu que “3 milhões de pessoas (30% da população portuguesa) foram impactadas pelas Correntes d’Escritas através dos órgãos de comunicação social. Isto é muito importante para uma cidade que tem como seu desígnio a cultura, o lazer e o turismo. Não há melhor para promovermos uma cidade do que através da cultura”. O estudo indica que pelo festival literário, já passaram 200 mil espetadores.
De resto, o programa deste ano, conta com 30 lançamentos de livros, exposições, do “Correntes em Rede”, das idas às freguesias, “nós conseguimos aquilo que queríamos, que é levar a todo o concelho as Correntes d’Escritas, ao recanto mais distante do concelho e teremos em todas as freguesias do concelho da Póvoa de Varzim, as Correntes d’Escritas”.
Nesta 26ª edição, a literatura dará destaque a Luís Camões e Camilo Castelo Branco. “Camões, porque estamos a comemorar os 500 ano e eu como professor de literatura também entendo que Camões é o poeta por excelência” e “Camilo, porque a Póvoa tem uma ligação muito forte ao escritor. Ele ficava aqui instalado, onde agora é o museu, e porque estamos a comemorar os seus 200 anos. Aliás um dos seus filhos morreu na Póvoa e foi enterrado no cemitério da Póvoa, no antigo cemitério junto à Senhora das Dores”, sublinhou Luís Diamantino.
Susana Saraiva, representante do Casino da Póvoa, empresa que apoia o certame com o prémio principal do Correntes d’ Escritas, salientou a importância da presença da empresa no evento, essencialmente na divulgação da cultura. Este parceiro pretende continuar, no futuro, a associar-se ao Correntes, mas tudo depende da concessão da zona de jogo na Póvoa de Varzim, que está atribuída à Varzim Sol até ao final deste ano. Programa completo aqui.