A cadela Dura, que ficou cerca de 17 horas em agonia num terreno agrícola em Barqueiros, Barcelos, depois de ter sido atropelada no dia 5 de abril, foi adotada no início desta semana.
Numa publicação na rede social Facebook, Carlos Leituga, o empresário poveiro que resgatou a cadela, mostrou “o momento em que a Dura conheceu a nova família”, garantindo que o animal “está bem entregue”.
“Já tivemos a oportunidade de ver que a Dura está muito bem pelas partilhas que recebemos por este casal, que está de parabéns pela ação. Muito obrigado a todos por tudo e é assim que fechamos este ciclo da Dura”, revelou.
Há cerca de um mês, Carlos Leituga dizia ao MAIS/Semanário que o atropelamento ocorreu pelas 5 horas da manhã, e a cadela só seguiu para a Clínica Veterinária de Barcelos pelas 21 horas. Durante esse período, foram feitos contactos com a GNR, Canil de Barcelos, Proteção Civil, Bombeiros, Junta de Freguesia, mas sem resolução da situação.
Na Clínica, a cadela “teve todos os tratamentos a que teve direito, esteve a soro, porque ela estava muito fraquinha, numa agonia tremenda”. Devido ao estado grave, foi transportada para o Hospital Veterinário de Vila do Conde. Dura partiu a coluna e várias costelas, mas havia uma hipótese de recuperação de entre 50 e 70%. Foi operada e melhorou significativamente. Foi, também, submetida a uma segunda cirurgia para tratar umas lacerações que tinha nas patas, que correu igualmente bem.
Na altura, o voluntário explicava que “queria ver se ela ficava aqui por perto. Gostava de poder visitá-la, não queria perder o contacto total com ela. Cria-se o carinho diário, de ver animal, um animal que a gente salvou, que cuidou. Fico com pena de não ter condições, senão ficava com ela”.
“Quem a levar, tem de a levar com chip registado, não adianta. Nem sequer dou opção de levarem a cadelinha sem ter o chip. Quero ver se a pessoa tem condições para ter a cadelinha, porque ela já sofreu que chegue”, frisou.