É-Aqui-In-Ócio aposta na inclusão e quer fazer pensar

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“Um festival de teatro é uma mais-valia se provocar uma reflexão na sociedade”. Com a inclusão e acessibilidade em mente, a 11ª edição do É-Aqui-In-Ócio pretende lançar a discussão sobre “O Ser Humano e os outros seres, humanos”.

Foi esta terça-feira divulgado o programa do festival, organizado pela Varazim Teatro e que tem, pela primeira vez, o apoio da Direção-Geral das Artes. Apesar do É-Aqui-In-Ócio ser um festival pensado “para vários palcos”, na edição deste ano “todas as atividades vão decorrer no Cine-Teatro Garrett, que nos faz sentir em casa”, avança Eduardo Faria.

A programação prevê oito espetáculos, para ver entre 22 de setembro e 2 de outubro. Ao já anunciado espetáculo de abertura “Damas da Noite”, de Elmano Sancho, juntam-se “Semente, o homem que plantava árvores”, pelo Ajidanha, “De Risa en Risa”, por Aziz Gual, “100 C@ras”, pela Krisália Teatro, “Microspectivas dun Marica Millennial”, pela Incendiaria, “A Idade do Silêncio”, pelo Teatro do Mar, “Jojo”, por Borba Ytuquepintas e, a terminar, “À Espera de Beckett ou QuaQuaQuaQua”, de Jorge Louraço.

No dia 25 de setembro, para celebrar o 24º aniversário da Varazim, há o concerto dos Recanto, pelas 23h.

Quanto a atividades paralelas, vão ser dinamizadas três mesas de reflexão, sobre temas como “A Condição da Mulher na cultura guineense”, “O Teatro em Portugal é um universo inclusivo?” e “Que papel pode ter o Teatro na transformação de uma sociedade por forma a que esta se torne verdadeiramente inclusiva?”.

Há ainda uma sessão de cinema, em colaboração com o Cineclube Octopus, do filme “Family Romance LLC”, uma exposição de fotografia, “A Mulher na Geo Morfologia Cultural e a Cultura na Geo Morfologia da Mulher, da autoria do fotojornalista Alfredo Cunha.

A pandemia foi, diz o diretor artístico, “o maior contributo que tivemos para esta edição, porque nos fez pensar”. É nesse sentido que a o festival aposta na acessibilidade, sustentabilidade e inclusividade.

Um dos espetáculos conta com tradução para Língua Gestual Portuguesa, e dois deles têm audiodescrição, para espetadores cegos. Este público terá também acesso à sala uma hora antes do início, e poderá “subir ao palco para ter contacto prévio com o cenário e com os atores”, adianta Joana de Sousa, diretora de produção.

Joana Soares, diretora de comunicação do festival, destacou também a acessibilidade no próprio site do É-Aqui-In-Ócio, que é pensado para que pessoas amblíopes, disléxicas ou daltónicas por exemplo, possam consultá-lo.

O horário dos espetáculos também foi mudado e passa a ser meia hora mais cedo, pelas 21h30, “para podermos ter cá toda a família”.

Para assistir ao É-Aqui-In-Ócio, poderá comprar um passe geral, que tem o custo de 40€ ou de 25€ para sócios e amigos da Varazim. Se quiser comprar um bilhete singular, este tem o custo de 7€, ou 3,5€ para sócios e amigos da Varazim, mas existem alguns descontos previstos. Toda a informação adicional pode ser consultada em www.varazimteatro.org