Eixo Atlântico propõe centena de ações para mitigar alterações climáticas

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O Eixo Atlântico apresentou no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Póvoa de Varzim, na manhã de quarta-feira (11), o relatório ‘Estratégia para a mitigação e adaptação às alterações climáticas: metabolismo urbano e biodiversidade’. O documento é o terceiro e último de uma trilogia estratégica que orienta a ação climática dos municípios do Eixo, e foi coordenado pelo especialista em sustentabilidade urbana Francesc Cárdenas.

Numa era em que a crise climática está todos os dias em agenda, com consequências mundiais, o Eixo Atlântico alerta que “as tendências dos indicadores ambientais são preocupantes, mas também dos indicadores sociais e económicos”. Por isso, propõe que os seus municípios sejam exigentes, seguindo um modelo de desenvolvimento sustentável.

O autor do relatório, Francesc Cárdenas, deu exemplos concretos: a diminuição da quantidade de veículos individuais nas cidades, complementada com a definição de locais de estacionamento; a melhoria das redes de transportes públicos, como autocarros e metro, e das suas frequências; a diminuição das emissões de CO2 nas obras públicas; a planificação de espaços verdes citadinos; a opção por sistemas de gestão mais eficientes a nível ambiental, entre outros.

Contudo, apontou que a excessiva burocracia continua a ser como que um entrave à implementação destas ideias. Segundo o autor, “já sabemos que as Câmaras não têm os recursos, que estão em Lisboa, na Europa. Há que mudar isso. Há que colocar as cidades na dinâmica europeia”.

Nos três documentos sobre a descarbonização no Eixo Atlântico, as cidades contribuíram com “505 fichas de boas práticas e experiências significativas”, com um total de 112 ações propostas para a mitigação das alterações climáticas.

Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).