Decorreu na manhã desta segunda-feira na sede da Pró-Maior e mais tarde junto ao pavilhão dos Irmãos Viana, no porto de pesca da Póvoa, o ato de consignação da dragagem que terá lugar nos próximos dias junto à barra do rio Ave.
Nesta cerimónia, não marcou presença a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, como forma de protesto por a mesma não ter acontecido no seu concelho.
“Um ato de tão importante relevância para a segurança dos pescadores deste município e demais utilizadores só poderia ocorrer em Vila do Conde, num ato concertado entre o Ministério do Mar e a Câmara Municipal, intervenientes diretos neste processo”, pode ler-se numa nota enviada pela autarquia vila-condense.
Confrontada com esta posição de Elisa Ferraz, a Ministra do Mar lembrou que a intervenção no porto de pesca de Vila do Conde “é uma obra da Direção-Geral de Recursos Naturais (DGRM) e financiada pelo Estado”.
“É natural que queiram chamar a si os méritos das coisas, mas esta é uma cerimónia da DGRM e do ministério do Mar que poderia acontecer em qualquer lado. A Associação fez o desafio que fosse na sua sede, e aceitei porque é uma entidade que defende os interesses dos profissionais do setor e a sua segurança”, disse Ana Paulo Vitorino.
Já José Festas, presidente Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar, considerou que a autarca de Vila do Conde teve “uma grande indelicadeza com os pescadores”.
“Não fiquei incomodado com a sua ausência, mas sim com a comunicação que a Câmara fez. Esta atitude foi uma grande indelicadeza com os pescadores, nomeadamente os que pertencem à associação, e que a grande parte são de Vila do Conde”, desabafou José Festas.
Quanto à dragagem, serão extraídos 25 mil metros cúbicos no espaço de 2 semanas, por uma draga que vem da Dinamarca e que nos próximos dias estará em Vila do Conde, dado que não havia nenhum equipamento disponível em Portugal. O custo desta operação ascende aos 150 mil euros.